Na ocasião, 20 mil negros protestavam pacificamente contra a Lei do Passe - que os obrigava a portar cartões de identificação, especificando os locais por onde eles poderiam transitar na cidade - quando se depararam com tropas do exército, que abriram fogo sobre a multidão, matando 69 pessoas e ferindo outras 186.
Além de lembrar a tragédia, a data criada pela ONU passou a ser um dia em que pessoas em todo o mundo protestam contra o racismo e pelo fim da discriminação racial.
Atualmente no RN
Passados 57 anos, ainda vemos resquícios de intolerância racial no mundo e no Brasil, país onde metade da população é negra. O racismo se torna estrutural, institucionalizado e se faz presente em nosso cotidiano, de forma velada ou explícita. O assunto ainda é tabu e seus desdobramentos alarmantes, xenofóbicos e separatistas têm consequências avassaladoras em nossa sociedade.
Com a intenção de mudar essa realidade, destacam-se como ações positivas do Governo do Estado do Rio Grande do Norte referentes ao enfrentamento do racismo: a criação do Centro de Referência de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa, a instituição do Núcleo de Estudos e Pesquisas da Igualdade Racial (NEPIR), a criação do Programa "Meu Terreiro é Legal", o planejamento da Política Estadual para os Remanescentes de Quilombos no Rio Grande do Norte e a estruturação da Coordenadoria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (COEPPIR).
Esta data, além de simbólica, se mostra como uma excelente ocasião para colocar em discussão todas essas pautas através de debate e conscientização, em defesa da igualdade racial e social.
Hoje é dia de lembrar o passado e lutar para que situações dessa natureza não continuem acontecendo no futuro. Hoje e sempre.
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