O que come cada Orixá e por quê?
Para um melhor entendimento sobre o que é oferecido a cada orixá, antes precisamos conhecer um pouco melhor das sua principais características. Assim, a sacralização dos alimentos, bem como de tudo que lhes é oferecido, torna-se realmente uma fonte de axé. No meu ver, para que aconteça essa sacralização, antes porém, é necessário que haja, entre o homem e o orixá, uma sintonia e uma afinidade que, acredito, somente ser possível através do amor, carinho, respeito e, principalmente, do fundamento que lhe é passado pelo seu Babalorixá.
Marcelinhu D'Xangô
EXÚ - O COMUNICADOR
Pade de dendê
Exu é a figura mais controvertida do panteão africano, o mais humano dos orixás, o senhor do principio e da transformação. Deus da terra e do fogo. Ele é a ordem, aquele que se multiplica e se transforma na unidade elementar da existência humana. Todos que tem uma vida próspera no Candomblé sabem cultuar Exu. Nenhum sacerdote da religião pode negar que quem traz dinheiro para o terreiro é Exu, e que uma farofa cobrindo a rua (sua moradia) opera os maiores milagres emergênciais.
Esta farofa tem como constituinte na sua preparação o azeite de dendê, esta é a principal comida do orixá Exu, é uma representação do alimento diário. Sua preparação se dá através da mistura de farinha de mandioca grossa com azeite de dendê, em quantidades proporcionais. Exú come de tudo, contando que esteja regado com muito azeite-de-dendê e ataré, pimenta. Exu recebe ainda, pratos á base de milho vermelho torrado, feijão preto torrado no dendê e farofas de vários tipos: farofa de mel, de água, de cachaça, de vinho, de champanhe, de cerveja, embora se saiba que, como “dono do azeite”, a farofa de azeite é sua iguaria preferida.
OGUM - O GUERREIRO
Inhame
A maior de todas as guerras, que se trava desde os primórdios da humanidade, é a luta pela sobrevivência. Ogum consagrou-se um grande guerreiro porque sempre conduziu a humanidade na luta pelo sustento, pelo pão e pelo progresso.
Desbravador e corajoso não tardou em ser coroado rei. Conquistou vários territórios e foi saudado com fervor em toda África negra. Ogum é guerreiro que, além de caminhar incansavelmente sobre a terra, arranca dela seu sustento e divide com outros orixás como Oxaguiã, o gosto pelo inhame, com a diferença que Ogum prefere assado, ou seja, a comida que o serve é menos elaborada e por isso vem de encontro as suas características. Aquele que está frente a grandes batalhas pode recorrer a Ogum, ofertando-lhe o pão de cada dia (inhame), assado em brasa e deixado em uma longa e plana estrada, que é muito bem aceito por este orixá.
A ele se oferece inhame assado, milho torrado e aluá ( bebida fermentada de rapadura de gengibre),inhame assado e espetado com taliscas de Mariwo, como também come o inhame simplesmente cortado ao meio, passado mel e dendê . Recebe feijão preto em forma de feijoada, milho vermelho torrado e enfeitado com coco . Acredita-se que os Orixás guerreiros comem também cru ou torrado pois eles não tem tempo de esperar...
OXÓSSI
O PROVEDOR
Axoxo
Oxóssi é o orixá da caça, senhor das florestas e de todos os seres que a habitam, orixá da fartura e da riqueza, protetor dos agricultores, símbolo de prosperidade, não há adepto desta religião que não o alimente, ofertando-lhe o axoxo (milho cozido com fatias de coco fresco) aos pés de uma árvore, em busca de sucesso econômico. Aprecia frutas de vários tipos. Tem mel como tabú.
OBALUAYE – ORIXA DAS DOENÇAS E DA SAUDE
Deburu
Omolu é a terra. Essa afirmação resume perfeitamente o perfil desse orixá, o mais temido entre os deuses do Candomblé, o orixá da varíola e de todas as doenças contagiosas. É preciso esclarecer que Omolu está ligado ao interior da terra e isso denota uma intima relação com o fogo, já que esse elemento como comprova os vulcões em erupção, domina as camadas mais profundas do planeta. O indivíduo enfermo recorre sempre a este orixá, ofertando-lhe um cesto de pipocas (que representam feridas espalhadas pelo seu corpo) com lascas de coco fresco em contato direto com a terra. Também gosta de milho torrado, feijão preto, Mossoró(massa de feijão fradinho temperado com camarão seco e frita) atafum (bola de feijão preto temperado).
OSSAIM - O DONO DAS FOLHAS
Milho torrado com fumo
Kó sí ewé, kò sì orixá, ou seja, (sem folha não há orixá). Ossain conhece os segredos e as palavras que despertam o poder das folhas, é conhecido como um grande feiticeiro. Quem busca cura em tratamentos medicinais não deve esquecer-se desse orixá, deixando no centro de uma mata fechada uma grande cumbuca de barro com milho vermelho, lascas de fumo, camarões secos, regados com o perfume e aroma do mel e do dendê. Recebe,ainda, o efó ( refogado de vários tipos de folha, como a taioba, a mostarda e a folha de quiabo).
OXUMARÉ- O ORIXÁ DO MOVIMENTO
Banana da terra
Quando se visualiza o arco-íris, é possível sentir a presença de Oxummaré o orixá de todos os movimentos, de todos os ciclos. Se um dia Oxumaré perder suas forças o mundo acabará, porque o universo é dinâmico e a terra também se encontra em constante movimento. Não é possível imaginar o planeta terra sem movimentos, translação e rotação; Oxumaré é o eixo do mundo, os adeptos que almejam o equilíbrio se curvam a esse orixá ofertando-lhe uma rica farofa de dendê com ovos cozidos. Gosta de massa de batata-doce e da banana-da-terra frita no dendê.
NANÃ - A ANCIÃ
Efó
Nanã é a deusa dos mistérios, sua origem é simultânea à criação do mundo, pois quando Odudua (Deus das águas salgadas) separou a água parada que já existia, libertou do “saco da criação" a terra, no ponto de contato desses dois elementos formou-se a lama nos pântanos, local onde se encontram os maiores segredos de Nanã. Senhora de muitas conchas Nanã sintetiza a morte. As grandes mulheres do Candomblé se reverenciam a esse orixá por toda trajetória de suas vidas, fazendo com que o tempo de sua existência se estenda. Aos sábados no cair da noite sempre iam ao mangue oferecer uma comida chamada Andaré. Trata-se de um vatapá de feijão fradinho, sem adição de dendê. O ritual não aparece no momento de oferecer a comida, mas no momento de prepará-la, pois aí se sente sua presença. Aprecia também o acaçá dissolvido em água de mel, o omitorô(água do cozimento da canjica com mel), Efô é uma comida ritual e da culinária baiana , pode ser feita com folha de mostarda ou da folha chamada língua de vaca .
OXUM- A DONA DA FECUNDIDADE E DAS ÁGUAS
Omolocun
Generosa e digna, Oxum é a rainha de todos os rios. Vaidosa, é a mais importante entre as mulheres da cidade, é a dona da fecundidade das mulheres, a dona do grande poder feminino. As mulheres que querem engravidar se recordam de Oxum, presenteando-a com uma bacia de louça contendo Omolocum (feijão fradinho, dendê, camarão seco, cebola e ovos inteiros cozidos). Quando seu pedido é atendido levam até uma nascente de água doce bijuterias como forma de agradecimento. Oxum adora ser lembrada. Come também o ipeté, comida a base de inhame temperada com camarão e dendê. Ado - é uma comida ritual feita de milho vermelho torrado e moído em moinho e temperado com azeite de dendê e mel.
LOGUNEDÉ – DONO DA RIQUEZA E BELEZA
É o orixá da riqueza e da fartura, filho de Oxum e de Oxóssi, Deus da terra e da água. É sem dúvida, um dos mais belos orixás do Candomblé já que a beleza é uma das principais características de seus pais. O caçador habilidoso e príncipe soberbo, Logunedé reúne os domínios de Oxóssi e Oxum e quase tudo que se sabe a seu respeito gira em torno de sua paternidade. Como sua principal característica é a beleza, as pessoas recorrem a ele quando querem ser notadas, pois a alquimia de oferecer-lhe milho cozido, com feijão fradinho acompanhado de um peixe assado em folha de bananeira transfere a este indivíduo o encanto deste orixá.
IANSÃ - OIÁ - A MULHER GUERREIRA
Akaraje
O maior e mais importante rio da Nigéria chama-se Niger, é importante e atravessa todo país. Rasgado espalha-se pelas principais cidades através de seus afluentes e por esse motivo tornou-se conhecido pelo nome de Odò Oya, já que na língua iorubá ya, significa rasgar, espalhar. Esse rio riu e é a morada da mulher mais poderosa da África negra, a mãe dos nove céus, dos nove filhos, do rio de nove braços, Iansã. Embora seja saudada como a deusa do rio Niger, esta relacionada ao elemento fogo. Na realidade, indica a união de elementos contraditórios, pois nasce da água e do fogo, da tempestade, do raio que corta o céu no meio da chuva, é a filha do fogo.
A tempestade é o poder manifesto de Iansã, rainha dos raios, das ventanias, do tempo que fecha sem chover. Iansã é lembrada como a senhora dos nove partos. O número nove é parte integrante de seu nome e aparece em várias passagens de sua história. Mas com nove acarajés (sua comida) pode-se conseguir vencer grandes batalhas e atingir as maiores dadivas junto a Iansã. Esta deusa também se alimenta de farofa de mandioca refogada no dendê, camarão defumado e cebola ralada tudo levado ao fogo com uma pitada de sal.
OBÁ - O ORIXÁ DO CIÚME
Abará
Uma das mulheres de Xangô, recebe abará - feijão fradinho descascado e moído com cebola, camarão e dendê, envolvido em folha de bananeira e cozido no vapor.
EWÁ - DEUSA DA BELEZA
Batata doce
Gosta de banana-da-terra e batata-doce. Em algumas casas recebe feijão fradinho com coco e dendê.
IEMANJÁ- A RAINHA DO MAR
Eboya
A grande rainha de todas as água do mundo sejam elas doces ou salgadas, dos rios ou dos mares, a deusa sincretizada no Brasil como protetora dos navegantes e pescadores. Diferente do que todos pensam, Yemanja é cultuada na África em rio de água doce, que leva seu nome, somente no Brasil ela foi unificada as águas salgadas, as grandes sacerdotisas ressaltam que o correto lugar para o culto desse orixá é o encontro de águas, salgadas e doces. Na Bahia os devotos de Yemanja oferecem a ela Eboya, uma refeição a base de canjica molho de camarão defumado, cebola ralada e azeite doce. Fazendo seus pedidos de proteção e boa pesca
XANGÔ - ORIXÁ DA JUSTIÇA E DO PODER
Amalá
Nem seria preciso falar do poder de Xangô, porque o poder é sua síntese. Xangô nasce do poder e morre em nome do poder. Rei absoluto, forte e imbatível. O prazer desse orixá é o poder, ele manda nos poderosos, manda em seu reino e em reinos vizinhos. Xangô é rei entre todos os reis, não existe uma hierarquia entre os orixás, nenhum possui mais energia que o outro, apenas Oxalá, que representa o patriarca da religião e é o orixá mais velho , goza certa. O amalá é a comida mais elaborada do Candomblé. Representa dignidade e o poder de Xangô é a própria organização do reino de Oió (cidade da África). Este preparo compõe-se de quiabo, dendê, pó de camarão seco, cebola e gengibre, todos os ingredientes levados ao fogo bem apurados, posteriormente servido em gamela (forma de madeira), os pedidos de justiça ao evocar Xangô são inúmeros. Gosta de mesa farta.
OXALÁ – O CRIADOR
Na África, todos os orixás relacionados a criação são designados pelos nomes de Orixalá, ou seja, (o grande orixá), que nas terras de Igbó e Ifé é cultuado como Obatalá, o rei do pano branco. Eram cerca de 154 os orixás, mas no Brasil, a quantidade se reduz significativamente, sendo que dois orixás Olúfón, rei de Ifon (Oxalufã), o bom comedor de inhame e rei de Egigbó (Oxaguiã), tornam-se suas expressões mais conhecidas. Oxalá é o Deus que cria; aquele que veste branco, o sábio, que prega a paz. Na turbulenta movimentação das grandes cidades os òmo orixá (filho do deus), encontram a paz, a serenidade e o equilíbrio para o recomeço de uma nova jornada alimentando-o com uma grande bacia de canjica branca cozida – Ebô. Come também inhame, arroz branco e acaçá. Não come dendê e sal.
Histórias de Orixas
Oxumarê: No principio quando não havia separação entre o Céu e a Terra,
Oxalá e Odudua viviam juntos dentro de uma cabaça.
Extremamente apertados, um contra o outro.
Odudua embaixo e Oxalá em cima.
Eles tinham sete anéis.
À noite eles colocavam seus anéis, e, aquele que dormia por cima sempre colocava quatro anéis, e o que ficava por baixo colocava os três restantes.
Um dia Odudua, deusa da Terra, quis dormir por cima
Para poder usar nos dedos quatro anéis.
Oxalá, o deus do Céu, não aceitou
Tal foi à luta que travaram os dois lá dentro
Que a cabaça acabou por se romper em duas metades,
A parte inferior da cabaça, com Odudua , permaneceu embaixo,
E a parte superior com Oxalá, ficou em cima,
Separando-se assim o Céu e a terra.
Oxalá e Odudua viviam juntos dentro de uma cabaça.
Extremamente apertados, um contra o outro.
Odudua embaixo e Oxalá em cima.
Eles tinham sete anéis.
À noite eles colocavam seus anéis, e, aquele que dormia por cima sempre colocava quatro anéis, e o que ficava por baixo colocava os três restantes.
Um dia Odudua, deusa da Terra, quis dormir por cima
Para poder usar nos dedos quatro anéis.
Oxalá, o deus do Céu, não aceitou
Tal foi à luta que travaram os dois lá dentro
Que a cabaça acabou por se romper em duas metades,
A parte inferior da cabaça, com Odudua , permaneceu embaixo,
E a parte superior com Oxalá, ficou em cima,
Separando-se assim o Céu e a terra.
Oxalá cria a Terra
No começo, o mundo era todo pantanoso e cheio dágua,
Um lugar inóspito, sem nenhuma serventia.
Acima dele havia o Céu, onde viviam Olorum e todos os orixás
Que às vezes desciam para brincar nos pântanos insalubres.
Desciam por teias de aranha pendurada no vazio.
Ainda não havia terra firme, nem o homem existia.
Um dia Olorum chamou à sua presença Oxalá, o grande orixá.
Disse-lhe que queria criar terra firme lá embaixo
E pediu-lhe que realizasse tal tarefa.
Para missão, deu-lhe uma concha marinha com terra,
Uma pomba e uma galinha com pés de cinco dedos.
Oxalá desceu ao pântano e depositou a terra da concha sobre a terra pôs a pomba e a foram assim espalhando a terra que viera na concha
Até que terra firme se formou por toda parte.
Oxalá voltou a Olorum e relatou-se o sucedido.
Olorum enviou um camaleão para inspecionar a obra de Oxalá
E ele não pôde andar sobre o solo que ainda não era firme.
O camaleão voltou dizendo que a terra era ampla,
Mas ainda não suficientemente seca.
Numa segunda viagem o camaleão trouxe a notícia
De que a terra era ampla e suficientemente sólida,
Podendo-se agora viver em sua superfície.
O lugar mais tarde foi chamado de Ifé, que dizer ampla morada.
Depois Olorum mandou Oxalá de volta à terra
Para plantar árvores e dar alimentos e riquezas ao homem
E veio a chuva para regar as árvores.
Foi assim que tudo começou.
Foi ali, em Ifé, durante uma semana que quatro dias
Que Oxalá criou o mundo e tudo que existe nele.
No começo, o mundo era todo pantanoso e cheio dágua,
Um lugar inóspito, sem nenhuma serventia.
Acima dele havia o Céu, onde viviam Olorum e todos os orixás
Que às vezes desciam para brincar nos pântanos insalubres.
Desciam por teias de aranha pendurada no vazio.
Ainda não havia terra firme, nem o homem existia.
Um dia Olorum chamou à sua presença Oxalá, o grande orixá.
Disse-lhe que queria criar terra firme lá embaixo
E pediu-lhe que realizasse tal tarefa.
Para missão, deu-lhe uma concha marinha com terra,
Uma pomba e uma galinha com pés de cinco dedos.
Oxalá desceu ao pântano e depositou a terra da concha sobre a terra pôs a pomba e a foram assim espalhando a terra que viera na concha
Até que terra firme se formou por toda parte.
Oxalá voltou a Olorum e relatou-se o sucedido.
Olorum enviou um camaleão para inspecionar a obra de Oxalá
E ele não pôde andar sobre o solo que ainda não era firme.
O camaleão voltou dizendo que a terra era ampla,
Mas ainda não suficientemente seca.
Numa segunda viagem o camaleão trouxe a notícia
De que a terra era ampla e suficientemente sólida,
Podendo-se agora viver em sua superfície.
O lugar mais tarde foi chamado de Ifé, que dizer ampla morada.
Depois Olorum mandou Oxalá de volta à terra
Para plantar árvores e dar alimentos e riquezas ao homem
E veio a chuva para regar as árvores.
Foi assim que tudo começou.
Foi ali, em Ifé, durante uma semana que quatro dias
Que Oxalá criou o mundo e tudo que existe nele.
Nanã fornece a lama para modelagem do homem
Dizem que quando Olorum encarregou Oxalá de fazer o mundo e modelar o ser humano,o orixá tentou vários caminhos.
Tentou fazer o homem de ar, como ele.
Não deu certo, pois o homem logo se desvaneceu.
Tentou fazer de pau, mas a criatura ficou dura.
De pedra ainda a tentativa foi pior.
Fez de fogo e o homem se consumiu.
Tentou azeite, água e até vinho –de–palma, e nada.
Foi então que Nana Burucu veio em seu socorro.
Apontou para o fundo do lago com seu Ibiri seu cetro e arma,
E de lá retirou uma porção de lama.
Nana deu a porção de lama a Oxalá,
O barro do fundo da lagoa onde morava ela,
A lama sob as águas, que é Nanã
Oxalá criou o homem, o modelou no barro.
Com o sopro de Olorum ele caminhou.
Com a ajuda dos orixás povoou a terra.
Mas tem um dia que o homem morre
E seu corpo tem que retornar a terra,
Voltar a natureza de Nanã Burucu.
Nana deu a matéria no começo
Mas quer de volta no final tudo que é seu.
Dizem que quando Olorum encarregou Oxalá de fazer o mundo e modelar o ser humano,o orixá tentou vários caminhos.
Tentou fazer o homem de ar, como ele.
Não deu certo, pois o homem logo se desvaneceu.
Tentou fazer de pau, mas a criatura ficou dura.
De pedra ainda a tentativa foi pior.
Fez de fogo e o homem se consumiu.
Tentou azeite, água e até vinho –de–palma, e nada.
Foi então que Nana Burucu veio em seu socorro.
Apontou para o fundo do lago com seu Ibiri seu cetro e arma,
E de lá retirou uma porção de lama.
Nana deu a porção de lama a Oxalá,
O barro do fundo da lagoa onde morava ela,
A lama sob as águas, que é Nanã
Oxalá criou o homem, o modelou no barro.
Com o sopro de Olorum ele caminhou.
Com a ajuda dos orixás povoou a terra.
Mas tem um dia que o homem morre
E seu corpo tem que retornar a terra,
Voltar a natureza de Nanã Burucu.
Nana deu a matéria no começo
Mas quer de volta no final tudo que é seu.
Oxum faz as mulheres estéreis em represália aos homens
Logo que o mundo foi criado, /todos os orixás vieram para a terra
E começaram a tomar decisões e dividir encargos entre eles,
Em conciliábulos nos quais somente os homens podiam participar.
Oxum não se conformava com essa situação.
Ressentida pela exclusão, ela vingou-se dos orixás masculinos.
Condenou todas as mulheres à esterilidade,
De sorte que qualquer iniciativa masculina
No sentido da fertilidade era fadada ao fracasso.
Por isso, os homens foram consultar Olorum.
Estavam muito alarmados e não sabiam o que fazer
Sem filhos pára criar nem herdeiros para quem deixar suas posses,
Sem novos braços para criar novas riquezas e fazer as guerras
E sem descendentes para não deixar morrer suas memórias.
Olorum soube, então, que Oxum fora excluída das reuniões
Ele aconselhou os orixás a convidá-la, e ás outras mulheres,
Pois sem Oxum e seu poder sobre a fecundidade
Nada poderia ir adiante...
Logo que o mundo foi criado, /todos os orixás vieram para a terra
E começaram a tomar decisões e dividir encargos entre eles,
Em conciliábulos nos quais somente os homens podiam participar.
Oxum não se conformava com essa situação.
Ressentida pela exclusão, ela vingou-se dos orixás masculinos.
Condenou todas as mulheres à esterilidade,
De sorte que qualquer iniciativa masculina
No sentido da fertilidade era fadada ao fracasso.
Por isso, os homens foram consultar Olorum.
Estavam muito alarmados e não sabiam o que fazer
Sem filhos pára criar nem herdeiros para quem deixar suas posses,
Sem novos braços para criar novas riquezas e fazer as guerras
E sem descendentes para não deixar morrer suas memórias.
Olorum soube, então, que Oxum fora excluída das reuniões
Ele aconselhou os orixás a convidá-la, e ás outras mulheres,
Pois sem Oxum e seu poder sobre a fecundidade
Nada poderia ir adiante...
Iemanjá afoga seus amantes no mar
Iemanjá é dona de rara beleza
E, como tal, mulher caprichosa e de apetites extravagantes.
Certa vez saiu de sua morada nas profundezas do mar
E veio à terra em busca do prazer da carne.
Encontrou um pescador jovem e bonito
E o levou para seu líquido leito de amor.
Seus corpos conheceram todas as delícias do encontro,
Mas o pescador era apenas um humano
E morreu afogado nos braços da amante.
Quando amanheceu, Iemanjá devolveu o corpo à praia.
E assim acontece sempre, toda noite,
Quando Iemanjá Conlá se encanta com os pescadores
Que saem em seus barcos e jangadas para trabalhar.
Ela leva o escolhido para o fundo do mar e se deixa possuir
E depois o traz de novo, sem vida, para areia.
As noivas e as esposas correm cedo para praia
Esperando pela volta de seus homens que foram para o mar,
Implorando a Iemanjá que os deixe voltar vivos.
Flores, espelhos e perfumes,
Para que Iemanjá mande sempre muitos peixes
e deixe viver os pescadores.
Iemanjá é dona de rara beleza
E, como tal, mulher caprichosa e de apetites extravagantes.
Certa vez saiu de sua morada nas profundezas do mar
E veio à terra em busca do prazer da carne.
Encontrou um pescador jovem e bonito
E o levou para seu líquido leito de amor.
Seus corpos conheceram todas as delícias do encontro,
Mas o pescador era apenas um humano
E morreu afogado nos braços da amante.
Quando amanheceu, Iemanjá devolveu o corpo à praia.
E assim acontece sempre, toda noite,
Quando Iemanjá Conlá se encanta com os pescadores
Que saem em seus barcos e jangadas para trabalhar.
Ela leva o escolhido para o fundo do mar e se deixa possuir
E depois o traz de novo, sem vida, para areia.
As noivas e as esposas correm cedo para praia
Esperando pela volta de seus homens que foram para o mar,
Implorando a Iemanjá que os deixe voltar vivos.
Flores, espelhos e perfumes,
Para que Iemanjá mande sempre muitos peixes
e deixe viver os pescadores.
Iemanjá Ataramagbá
Iemanjá era filha de Olokum, a deusa do mar.
Em Ifé, ela tornou-se a esposa de Olofin-Odudua,
Com qual teve dez filhos.
Estas crianças receberam nomes simbólicos e todos tornaram-se orixás
Um deles foi chamado Oxumaré, o arco-íris,
“aquele-que-se-desloca-com-a-chuva-e-revela-seus-segredos”.
De tanto amamentar seus filhos, os seios de Iemanjá tornaram-se imensos.
Cansada da sua estadia em Ifé,
Iemanjá fugiu na direção do entardecer-da-terra,
Como os iorubas designam o oeste, chegando a Abeokutá.
Ao norte de Abeukutá, vivia Okere, rei de Xaki
Iemanjá continuava muito bonita .
Okerê desejou-a e propôs –lhe casamento.
Iemanjá aceitou mas, impondo uma condição, disse-lhe:
“jamais você ridicularizará da imensidão dos meus seios”.
Okerê , gentil e polido, tratara Iemanjá com consideração e respeito.
Mas, um dia, ele bebeu vinho de palma em excesso.
Voltou pra casa bêbado e titubeante.
Ele não sabia mais o que fazia.
Ele não sabia mais o que dizia.
Tropeçando em Iemanjá, esta chamou-o de bêbado e imprestável.
Okerê vexado, gritou:
“Você com seus seios grandes e trêmulos!
Iemanjá, ofendida, fugiu em disparada.
Certa vez, antes do seu primeiro casamento,
Iemanjá recebera de sua mãe Olokum,
Uma garrafa contendo uma poção mágica pois, dissera-lhe esta: Em caso de necessidade , quebre a garrafa , jogando-a no chão.
Em sua fuga, Iemanjá tropeçou e caiu.
A garrafa quebrou-se e dela nasceu um rio
As águas tumultuadas deste rio levaram Iemanjá em direção ao oceano,
Residência de sua mãe Olokum
Okerê, contrariado, queria impedir a fuga de sua mulher
Querendo barrar-lhe o caminho, ele transformou-se numa colina,
Chamada ainda hoje Okerê, e colocou-se no seu caminho.
Iemanjá quis passar pela direita, Okerê deslocou-se para direita
Iemanjá quis passar pela esquerda, Okerê deslocou-se para esquerda.
Iemanjá, vendo assim bloqueado seu caminho para a casa materna,
Chamou Xangô, o mais poderoso dos seus filhos.
Kawo kabiyesi Sango, Kawo kabiyesi Obá Kossô!
“saudemos o Rei Xangô, saudemos o rei de Kossô!
Xangô veio com dignidade e seguro do seu poder.
Ele pediu uma oferenda de um carneiro e quatro galos,
Um prato de “amalá”, preparado com farinha de inhame,
E um prato de “gbeguiri” feito com feijão e cebola.
E declarou que no dia seguinte, Iemanjá encontraria por onde passar
Nesse dia, Xangô desfez todos os nós que prendiam as amarras da chuva.
Começaram a aparecer nuvens dos lados da manhã e da tarde do dia.
Começaram a aparecer nuvens da direita e da esquerda do dia.
Quando todas elas estavam reunidas, chegou Xangô com seu raio.
Ouviu-se então: kakara rá rá ra´...
Ele havia lançado seus raios sobre a colina de Okerê.
Ela abriu-se em duas e... suichchch..
Iemanjá foi-se para o mar de sua mãe Olokum.
Aí ficou e recusa-se, desde então a voltar em terra seus filhos chama-se e saúdam-na:
“Odo Iya, a Mãe do rio, ela não volta mais.
Iemanjá, a rainha das águas, que usa roupas coberta de pérolas.
Ela tem filhos no mundo inteiro.
Iemanjá está em todo lugar aonde o mar vem bater-se com suas ondas espumantes.
Seus filhos fazem oferendas para acalma-la.
Odô Iyá, Yemanjá , Ataramagbá
Ajejê lodo! Ajejê nilê!
“Mãe das águas, Iemanjá, que estendeu-se ao longe na amplidão.
Paz nas águas! Paz na casa!
Xangô e suas esposas transformam-se em orixás
Xangô era um rei muito poderoso.
Vivia com suas esposas Iansã, Oxum e Obá
Sempre preocupado em fazer a guerra,
Estava à procura de uma nova magia para derrotar os inimigos.
Um dia, pensando ter descoberto finalmente
Uma fórmula muito poderosa,
Xangô subiu numa colina e lançou seu experimento.
Era o raio, que maravilha, que poder!
Mas foi muito grande sua decepção.
Com rumor terrível, a invenção precipitou-se sobre seu palácio e o destruiu.
Incendiando também a cidade e matando grande parte de seus súditos.
Desesperado, Xangô fugiu para terra dos vizinhos tapas, seguido por Iansã.
Refugiou-se depois na cidade de Cossô.
Mas a dor não o deixava em paz.
Não suportando maia tristeza que sentia pelo ato impensado, Xangô bateu fortemente os pés no chão, desaparecendo terra adentro.Foi para o Orum.
Iansã o acompanhou e fez o mesmo na cidade de Irá, sendo seguida por Oxum e Obá
Iemanjá era filha de Olokum, a deusa do mar.
Em Ifé, ela tornou-se a esposa de Olofin-Odudua,
Com qual teve dez filhos.
Estas crianças receberam nomes simbólicos e todos tornaram-se orixás
Um deles foi chamado Oxumaré, o arco-íris,
“aquele-que-se-desloca-com-a-chuva-e-revela-seus-segredos”.
De tanto amamentar seus filhos, os seios de Iemanjá tornaram-se imensos.
Cansada da sua estadia em Ifé,
Iemanjá fugiu na direção do entardecer-da-terra,
Como os iorubas designam o oeste, chegando a Abeokutá.
Ao norte de Abeukutá, vivia Okere, rei de Xaki
Iemanjá continuava muito bonita .
Okerê desejou-a e propôs –lhe casamento.
Iemanjá aceitou mas, impondo uma condição, disse-lhe:
“jamais você ridicularizará da imensidão dos meus seios”.
Okerê , gentil e polido, tratara Iemanjá com consideração e respeito.
Mas, um dia, ele bebeu vinho de palma em excesso.
Voltou pra casa bêbado e titubeante.
Ele não sabia mais o que fazia.
Ele não sabia mais o que dizia.
Tropeçando em Iemanjá, esta chamou-o de bêbado e imprestável.
Okerê vexado, gritou:
“Você com seus seios grandes e trêmulos!
Iemanjá, ofendida, fugiu em disparada.
Certa vez, antes do seu primeiro casamento,
Iemanjá recebera de sua mãe Olokum,
Uma garrafa contendo uma poção mágica pois, dissera-lhe esta: Em caso de necessidade , quebre a garrafa , jogando-a no chão.
Em sua fuga, Iemanjá tropeçou e caiu.
A garrafa quebrou-se e dela nasceu um rio
As águas tumultuadas deste rio levaram Iemanjá em direção ao oceano,
Residência de sua mãe Olokum
Okerê, contrariado, queria impedir a fuga de sua mulher
Querendo barrar-lhe o caminho, ele transformou-se numa colina,
Chamada ainda hoje Okerê, e colocou-se no seu caminho.
Iemanjá quis passar pela direita, Okerê deslocou-se para direita
Iemanjá quis passar pela esquerda, Okerê deslocou-se para esquerda.
Iemanjá, vendo assim bloqueado seu caminho para a casa materna,
Chamou Xangô, o mais poderoso dos seus filhos.
Kawo kabiyesi Sango, Kawo kabiyesi Obá Kossô!
“saudemos o Rei Xangô, saudemos o rei de Kossô!
Xangô veio com dignidade e seguro do seu poder.
Ele pediu uma oferenda de um carneiro e quatro galos,
Um prato de “amalá”, preparado com farinha de inhame,
E um prato de “gbeguiri” feito com feijão e cebola.
E declarou que no dia seguinte, Iemanjá encontraria por onde passar
Nesse dia, Xangô desfez todos os nós que prendiam as amarras da chuva.
Começaram a aparecer nuvens dos lados da manhã e da tarde do dia.
Começaram a aparecer nuvens da direita e da esquerda do dia.
Quando todas elas estavam reunidas, chegou Xangô com seu raio.
Ouviu-se então: kakara rá rá ra´...
Ele havia lançado seus raios sobre a colina de Okerê.
Ela abriu-se em duas e... suichchch..
Iemanjá foi-se para o mar de sua mãe Olokum.
Aí ficou e recusa-se, desde então a voltar em terra seus filhos chama-se e saúdam-na:
“Odo Iya, a Mãe do rio, ela não volta mais.
Iemanjá, a rainha das águas, que usa roupas coberta de pérolas.
Ela tem filhos no mundo inteiro.
Iemanjá está em todo lugar aonde o mar vem bater-se com suas ondas espumantes.
Seus filhos fazem oferendas para acalma-la.
Odô Iyá, Yemanjá , Ataramagbá
Ajejê lodo! Ajejê nilê!
“Mãe das águas, Iemanjá, que estendeu-se ao longe na amplidão.
Paz nas águas! Paz na casa!
Xangô e suas esposas transformam-se em orixás
Xangô era um rei muito poderoso.
Vivia com suas esposas Iansã, Oxum e Obá
Sempre preocupado em fazer a guerra,
Estava à procura de uma nova magia para derrotar os inimigos.
Um dia, pensando ter descoberto finalmente
Uma fórmula muito poderosa,
Xangô subiu numa colina e lançou seu experimento.
Era o raio, que maravilha, que poder!
Mas foi muito grande sua decepção.
Com rumor terrível, a invenção precipitou-se sobre seu palácio e o destruiu.
Incendiando também a cidade e matando grande parte de seus súditos.
Desesperado, Xangô fugiu para terra dos vizinhos tapas, seguido por Iansã.
Refugiou-se depois na cidade de Cossô.
Mas a dor não o deixava em paz.
Não suportando maia tristeza que sentia pelo ato impensado, Xangô bateu fortemente os pés no chão, desaparecendo terra adentro.Foi para o Orum.
Iansã o acompanhou e fez o mesmo na cidade de Irá, sendo seguida por Oxum e Obá
Xangô vence Ogum na Pedreira
Xangô e Ogum sempre lutaram entre si,
Ora disputando o amor da mãe, Iemanjá,
Ora disputando o amor da amada, Oxum,
Ora disputando o amor da companheira, Iansã.
Lutaram no começo do mundo e ainda lutam agora.
Ogum usa da sua força física e das armas que fabrica,
Xangô usa da estratégia e da magia.
Ambos são guerreiros temidos.
Mas só uma vez Xangô venceu Ogum na luta.
Numa disputa que travaram por Iansã,
Ora a batalha pendia para um lado,
Ora pendia para o outro.
Ninguém conseguia prever o final,
Ninguém podia apostar quem seria o vencedor.
Foi então que Xangô apelou para a astúcia,
Como é do seu feitio numa hora dessa.
Conduziu a batalha como quem se retirava
E, sem que Ogum percebesse, Xangô o atraiu para a pedreira.
Foi então que Xangô apelou para a magia.
Quando Ogum estava bem no pé da montanha de pedra,
Xangô lançou seu machado Oxé de fazer raio
E um grande estrondo se ouviu.
Com o trovão veio abaixo uma avalanche de pedras
E as pedras soterraram o desprevenido Ogum.
Xangô vencera Ogum na pedreira,
Que desde então foi considerada, elemento de Xangô.
Xangô venceu Ogum naquele dia,
Única vez que alguém venceu Ogum.
Mas esses dois filhos de Iemanjá seguem lutando ainda,
Ora disputando o amor da mãe, Iemanjá,
Ora disputando o amor da amada, Oxum,
Ora disputando o amor da companheira, Iansã.
Xangô e Ogum sempre lutaram entre si,
Ora disputando o amor da mãe, Iemanjá,
Ora disputando o amor da amada, Oxum,
Ora disputando o amor da companheira, Iansã.
Lutaram no começo do mundo e ainda lutam agora.
Ogum usa da sua força física e das armas que fabrica,
Xangô usa da estratégia e da magia.
Ambos são guerreiros temidos.
Mas só uma vez Xangô venceu Ogum na luta.
Numa disputa que travaram por Iansã,
Ora a batalha pendia para um lado,
Ora pendia para o outro.
Ninguém conseguia prever o final,
Ninguém podia apostar quem seria o vencedor.
Foi então que Xangô apelou para a astúcia,
Como é do seu feitio numa hora dessa.
Conduziu a batalha como quem se retirava
E, sem que Ogum percebesse, Xangô o atraiu para a pedreira.
Foi então que Xangô apelou para a magia.
Quando Ogum estava bem no pé da montanha de pedra,
Xangô lançou seu machado Oxé de fazer raio
E um grande estrondo se ouviu.
Com o trovão veio abaixo uma avalanche de pedras
E as pedras soterraram o desprevenido Ogum.
Xangô vencera Ogum na pedreira,
Que desde então foi considerada, elemento de Xangô.
Xangô venceu Ogum naquele dia,
Única vez que alguém venceu Ogum.
Mas esses dois filhos de Iemanjá seguem lutando ainda,
Ora disputando o amor da mãe, Iemanjá,
Ora disputando o amor da amada, Oxum,
Ora disputando o amor da companheira, Iansã.
Xangô mata o monstro e lança chamas pela boca
Certa vez, em Tácua, apareceu um animal feroz,
Que estava devorando os homens e as mulheres do lugar.
Devorava velhos, adultos e crianças.
O pavor se espalhou
E a noticia chegou aos ouvidos de Xangô.
Xangô foi de Mina a Tácua para matar o animal.
O animal era um ser monstruoso, terrível criatura,
Que ninguém conseguia vencer.
Quando viram Xangô chegar, lhe perguntaram:
“Para que vieste? Para perder a vida?”.
Ao que Xangô respondeu:
“Eu vim para acabar com este monstro”
O ser monstruoso rugia e toda a terra tremia.
Ele devorava homens e mulheres.
Xangô não quis soldados para vencer o animal.
Só, e no corpo-a-corpo, Xangô lutou e matou o monstro.
Xangô vitorioso estava feliz. Xangô cantava e dançava de contentamento.
Certa vez, em Tácua, apareceu um animal feroz,
Que estava devorando os homens e as mulheres do lugar.
Devorava velhos, adultos e crianças.
O pavor se espalhou
E a noticia chegou aos ouvidos de Xangô.
Xangô foi de Mina a Tácua para matar o animal.
O animal era um ser monstruoso, terrível criatura,
Que ninguém conseguia vencer.
Quando viram Xangô chegar, lhe perguntaram:
“Para que vieste? Para perder a vida?”.
Ao que Xangô respondeu:
“Eu vim para acabar com este monstro”
O ser monstruoso rugia e toda a terra tremia.
Ele devorava homens e mulheres.
Xangô não quis soldados para vencer o animal.
Só, e no corpo-a-corpo, Xangô lutou e matou o monstro.
Xangô vitorioso estava feliz. Xangô cantava e dançava de contentamento.
Griôts - Como vímos Xangô, Iansã, Ogum Iemanjá, oxum e Oxossi já haviam retornado para o orum.
Tudo fazia parte do plano do supremo.
Os homens e as mulheres então, passaram a dar muito mais valor às orientações dadas pelos seus próprios ancestrais, que eram feitas de forma direta e incisiva, o que representava uma segurança maior em relação, àquelas recebidas tanto no culto de Ifá , quanto dos Orixás , que dependiam da interpretação das mensagens transmitidas por meio dos búzios , opelê ou ikins, o que ensejava a possibilidade de erro ou manipulação por parte dos advinhos.
O plano de Olorum estava sendo cumprido exatamente como havia sido elaborado. A terra era dos homens e das mulheres e deveria ser governada por eles. Os orixás haviam cumprido seus papeis com perfeição. Restava-lhes agora, retornar á sua origem o Orun, de onde deviam continuar a exercer controle sobre todos os elementos que lhes haviam sido confiados por Odudua.
A raça humana, a essa altura, já se havia espalhado por toda a face da terra.
Na medida em que se estabeleciam em diferentes territórios, adquiriam características diferentes pela influência do clima e dos novos hábitos alimentares e, depois de alguns milhares de anos, os homens que, na sua origem, possuíam todos a pele negra, foram mudando de cor.
Aqueles que se estabeleceram em regiões demasiadamente frias, embranqueceram, seus olhos tornaram-se esverdeados ou azulados, seus cabelos ficaram lisos e adquiriram uma tonalidade amarelada. Outros, que se estabeleceram no Oriente, perdendo a cor original ficaram amarelos, seus olhos ficaram espremidos pelas próprias pálpebras, e seus cabelos, apesar de continuarem negros, ficaram lisos. Outros mais que, desafiando as águas do Oceano, atingiram as terras que ficavam além do reino de Olokum, passaram a prestar culto ao Deus - Sol, por isto suas pelos ficaram avermelhadas como casca do romã.
Formaram agora quatro raças distintas; A negra, a branca, a amarela e a vermelha, e cada uma se achava superior as outras.
Era costume, na época as incursões a territórios vizinhos com a intenção única de capturar escravos. Este costume, desenvolvido tanto pelos fons, quanto pelos nagôs, viria, muito mais tarde, a ser pago de uma forma muito trágica.
Alguns grupos que embranqueceram molestaram grandes grupos de negros e demonizaram suas crenças nos Orixás. Tribos e mais tribos foram escravizas e levadas para países distantes. Longe de suas terras, de sua gente, de sua identidade de sua a dignidade.
Muitos foram mortos por suas crenças e forma de ver o mundo; Outros para sobreviveram em muitos lugares, para cultuar seus orixás, tiveram que fingir que cultuavam deuses e santos de outras religiões.
Mas a vida, a historia a força fez voltar a os 16 Odus, os príncipes do destino, que recontam suas historias os griôts.
Tudo fazia parte do plano do supremo.
Os homens e as mulheres então, passaram a dar muito mais valor às orientações dadas pelos seus próprios ancestrais, que eram feitas de forma direta e incisiva, o que representava uma segurança maior em relação, àquelas recebidas tanto no culto de Ifá , quanto dos Orixás , que dependiam da interpretação das mensagens transmitidas por meio dos búzios , opelê ou ikins, o que ensejava a possibilidade de erro ou manipulação por parte dos advinhos.
O plano de Olorum estava sendo cumprido exatamente como havia sido elaborado. A terra era dos homens e das mulheres e deveria ser governada por eles. Os orixás haviam cumprido seus papeis com perfeição. Restava-lhes agora, retornar á sua origem o Orun, de onde deviam continuar a exercer controle sobre todos os elementos que lhes haviam sido confiados por Odudua.
A raça humana, a essa altura, já se havia espalhado por toda a face da terra.
Na medida em que se estabeleciam em diferentes territórios, adquiriam características diferentes pela influência do clima e dos novos hábitos alimentares e, depois de alguns milhares de anos, os homens que, na sua origem, possuíam todos a pele negra, foram mudando de cor.
Aqueles que se estabeleceram em regiões demasiadamente frias, embranqueceram, seus olhos tornaram-se esverdeados ou azulados, seus cabelos ficaram lisos e adquiriram uma tonalidade amarelada. Outros, que se estabeleceram no Oriente, perdendo a cor original ficaram amarelos, seus olhos ficaram espremidos pelas próprias pálpebras, e seus cabelos, apesar de continuarem negros, ficaram lisos. Outros mais que, desafiando as águas do Oceano, atingiram as terras que ficavam além do reino de Olokum, passaram a prestar culto ao Deus - Sol, por isto suas pelos ficaram avermelhadas como casca do romã.
Formaram agora quatro raças distintas; A negra, a branca, a amarela e a vermelha, e cada uma se achava superior as outras.
Era costume, na época as incursões a territórios vizinhos com a intenção única de capturar escravos. Este costume, desenvolvido tanto pelos fons, quanto pelos nagôs, viria, muito mais tarde, a ser pago de uma forma muito trágica.
Alguns grupos que embranqueceram molestaram grandes grupos de negros e demonizaram suas crenças nos Orixás. Tribos e mais tribos foram escravizas e levadas para países distantes. Longe de suas terras, de sua gente, de sua identidade de sua a dignidade.
Muitos foram mortos por suas crenças e forma de ver o mundo; Outros para sobreviveram em muitos lugares, para cultuar seus orixás, tiveram que fingir que cultuavam deuses e santos de outras religiões.
Mas a vida, a historia a força fez voltar a os 16 Odus, os príncipes do destino, que recontam suas historias os griôts.
Lindo!adorei...Obrigado pelo exelente artigo!Se nçao se importar irei colocar em meu site!Muito Axé!
ResponderExcluirboa noite irmã de fé e Muito obg pelas palavras, sim pode publicar
ResponderExcluirno seu portal muito axé pra todos.