Convido a todos para:
Lançamento do Livro "Umbanda não é Macumba"
Bienal do Livro, dia 25 de Agosto, Segunda Feira, as 19:00hs
No Anhembi, Av Olavo Fontoura 1209
Muito, muito muito grato
Alê Cumino
UMBANDA NÃO É MACUMBA
Para uma reflexão sobre o título, algumas palavras:
Em primeiro lugar trazer este título não diminui em nada o conceito de Umbanda ou de Macumba. Tal titulo não entra como uma afirmação da Umbanda em detrimento do que se venha a entender como Macumba. Seriam títulos similares a este: "Umbanda não é Candomblé", "Umbanda não é folclore", "Umbanda não é batuque", "Umbanda não é espiritismo", "Umbanda não é qualquér coisa...". Quem sabe no futuro venham mais títulos como estes. Sabemos que Umbanda tem muito em comum com Espiritismo, Candomblé e até o folclore mas não é a mesma coisa.
Embora em algumas situações umbanda é considerada macumba, na situação em que se genralizam várias religiões no mesmo saco, umbanda não é sinônimo de macumba e nem macumba é sinônimo de umbanda.
Umbanda é uma religião brasileira, com fundamento próprio, história, e estrutura única no contexto das religiões. Macumba é um termo genérico que no conceito leigo, popular e ignorante adquiriu uma identidade pejorativa.
Para muitos macumba é sinônimo de magia negativa e se empregar esta interpretação da palavra à umbanda estará errado.
Para outros macumba é um despacho ou uma oferenda o que é realizado por muitas religiões e práticas mágicas, portanto não é exclusividade e nem sinônimo de umbanda.
Macumba é, também, o nome de um tambor, mesmo que se use um destes na Umbanda o nome de um instrumento não identifica ou muda o nome de uma religião como a umbanda que possui identidade própria.
Macumba era o nome de cultos afro-brasileiros de cultura banto realizados no Rio de Janeiro. Embora a umbanda guarde semelhanças com estes cultos é importante que se diga: parecido não é igual.
E finalmente para muitos umbandistas macumba é uma forma descontraída e irreverente de identificar sua religião e ironizar todo o preconceito e cargA pejorativa que a palavra em si carrega. Este umbandista está certo no emprego da palavra na qual ele sabe que entre outros umbandistas ele se faz entender.
Então é possível considerar umbanda como macumba o que de fato acontece todos os dias.
Identificar umbanda como macumba pode estar certo ou errado inclusive dependendo do tom de voz e a intenção com que se afirma umbanda como macumba. Por exemplo uma pessoa preconceituosa quando chama a umbanda de macumba e o umbandista de macumbeiro faz com a intenção clara de agredir, discriminar e diminuir a fé alheia desclassificando qualquer qualidade que possa ter relacionada ao sagrado. Agora quando um umbandista, que conhece sua religião e sabe que é chamado de macumbeiro e sabe que chamam sua umbanda de macumba, quando ele, assume esta identidade com irreverência e diz abertamente "vou à macumba". Ele não está errado pois o erro está muito mais na carga pejorativa da palavra do que no seu emprego em si. E desta forma quando duas pessoas estão afirmando a umbanda como macumba é possível que uma esteja certa e outra esteja errada. Cera e errada não com a afirmação em si mas com a interpretação da palavra macumba.
No entanto, porém, se falar para pessoas leigas que vai a uma macumba, independente do tom, pejorativo ou não, estas pessoas não vão entender que ele vai para um ritual de Umbanda e podem imaginar mil situações com relação a tal de macumba, inclusive acreditar que ele vai a alguma prática mágica duvidosa ou eticamente incorreta.
Logo, portanto, posso dizer que sou Macumbeiro ou que vou à Macumba mas tem hora e contexto para
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