28 junho 2012

“Não se Sustenta” chama atenção em Ipanema

Milhares de pessoas foram à Praia de Ipanema, na Zona Sul do Rio, no dia 17 de junho, por uma manifestação contra todos os tipos de preconceitos e perseguições. Denominado de “Não se Sustenta”, a Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR) convocou toda a sociedade ao protesto, que teve início às 11h. Além de vários segmentos religiosos, grupos que defendem os direitos das pessoas homossexuais, integrantes do Movimento Negro, defesa da mulher, entre outros juntaram-se pedindo fim a qualquer tipo de intolerância. O manifesto teve a intenção de chamar a atenção dos vários chefes de estados que estão na Cidade Maravilhosa por conta da Rio+20. Na ocasião, muitos manifestantes protestaram contra o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad. Marcelo Itagiba e a vereadora Teresa Bergher participaram do evento.
Para o interlocutor da Comissão, babalawo Ivanir dos Santos, o momento da Rio+20 foi propício pelo fato de alguns países não entenderem a verdadeira democracia e a importância da liberdade de expressão. “Há judeus, bahá’ís, muçulmanos, cristãos perseguidos em diferentes lugares de todo o mundo. O Brasil é um País repleto de diversidade e, por isso, a Comissão organiza, anualmente, as caminhadas em Defesa da Liberdade Religiosa. Queremos que as diferenças sejam respeitadas e que se entenda que é na diferença que o crescimento ocorre”, declarou.
Quatro árvores secas, feitas de material reciclado, simbolizavam a passeata. “Desrespeito aos Direitos Humanos não se sustenta”, dizia um cartaz colado às árvores. Segundo o criador do material cenográfico, Leonardo Zonenschein, a ideia era simbolizar a falta de respeito com os Direitos Humanos.
Michel Gherman, um dos membros da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa e da entidade judaica Hillel, alternava seus pedidos de paz ao mundo com os batuques do bloco do AfroReggae. “Vamos dizer não ao discurso do ódio! Negar o Holocausto é como negar a escravidão no Brasil. Viva os judeus, os candomblecistas, os umbandistas. Viva os homossexuais!”
Para o secretário Nacional do Movimento LGBT Socialista, Luciano Freitas, a passeata em plena Conferência da Rio+20 é uma oportunidade ímpar para chamar a atenção e se manifestar contra a intolerância que predomina em determinados países. "Considero que o desenvolvimento social e sustentável não pode passar desapercebido frente aos Direitos Humanos. Por isso, estamos presentes nesta marcha para reivindicar políticas mais eficazes ao segmento LGBT no Brasil”.
Todo o percurso do Posto 8 ao 9 se deu de forma pacífica e com acompanhamento de policiais militares.

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