Para o interlocutor da Comissão, babalawo Ivanir dos Santos, o momento da Rio+20 foi propício pelo fato de alguns países não entenderem a verdadeira democracia e a importância da liberdade de expressão. “Há judeus, bahá’ís, muçulmanos, cristãos perseguidos em diferentes lugares de todo o mundo. O Brasil é um País repleto de diversidade e, por isso, a Comissão organiza, anualmente, as caminhadas em Defesa da Liberdade Religiosa. Queremos que as diferenças sejam respeitadas e que se entenda que é na diferença que o crescimento ocorre”, declarou.
Quatro árvores secas, feitas de material reciclado, simbolizavam a passeata. “Desrespeito aos Direitos Humanos não se sustenta”, dizia um cartaz colado às árvores. Segundo o criador do material cenográfico, Leonardo Zonenschein, a ideia era simbolizar a falta de respeito com os Direitos Humanos.
Michel Gherman, um dos membros da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa e da entidade judaica Hillel, alternava seus pedidos de paz ao mundo com os batuques do bloco do AfroReggae. “Vamos dizer não ao discurso do ódio! Negar o Holocausto é como negar a escravidão no Brasil. Viva os judeus, os candomblecistas, os umbandistas. Viva os homossexuais!”
Para o secretário Nacional do Movimento LGBT Socialista, Luciano Freitas, a passeata em plena Conferência da Rio+20 é uma oportunidade ímpar para chamar a atenção e se manifestar contra a intolerância que predomina em determinados países. "Considero que o desenvolvimento social e sustentável não pode passar desapercebido frente aos Direitos Humanos. Por isso, estamos presentes nesta marcha para reivindicar políticas mais eficazes ao segmento LGBT no Brasil”.
Todo o percurso do Posto 8 ao 9 se deu de forma pacífica e com acompanhamento de policiais militares.
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