Texto modificado para correção do local O episódio de intolerância religiosa aconteceu no bairro do Cruzeiro do Sul, no último sábado (3), segundo relato…
Comunidade de matriz africana é vítima de “chuva de pedras” por evangélicos
Texto modificado para correção do local
O episódio de intolerância religiosa aconteceu no bairro do Cruzeiro do Sul, no último sábado (3), segundo relato encaminhado ao blog.
A comunidade tradicional de matriz africana Ilê Nife Omo Nije Ogba foi alvo de uma “chuva de pedras” durante realização de uma das cerimônias. Ao redor da comunidade existem templos evangélicos e eles associam o episódio a vizinhos destas denominações religiosas.
Veja relato:
A Comunidade Tradicional de Matriz africana Iyá Niger, localizada no conjunto Margarida Procópio, quadra C, no bairro da Forene, é coordenada pela Iyálorixá Nailza Araújo, mulher negra que mantem as tradições herdadas dos seus antepassados africanos, e promove o repasse destes saberes para os mais jovens de forma pratica, vem sofrendo com a intolerância no seu cotidiano. O terreiro tem em seu entorno diversas igreja pentecostais, e muitos de seus fiéis, residem próximo.
No último sábado, 03/03, no começo da noite, 18 horas, durante uma cerimônia tradicional da casa, todos os participantes foram surpreendidos com uma chuva de pedras que foram arremessadas sobre o telhado da comunidade tradicional, crianças e jovens entram em desespero, enquanto eram acolhidos pelos adultos, a polícia foi acionada diversas vezes, mas não ouve retorno, a ação dos vândalos perdurou até mais da meia noite, quando a líder da casa, não aguentando tanta intolerância, sai pela rua do conjunto sinalizando a importância da garantia de direitos.
No Domingo a delegacia de plantão foi acionada e realizado um boletim de ocorrência, que a direcionou a delegacia do 10º distrito, no bairro do Eustáquio Gomes.
Um grupo de religiosos, acompanharam a religiosa e em reunião decidem acionar as federações, a Secretaria da Mulher Cidadania e dos Direitos Humanos, a OAB e os Órgão municipais e estaduais, competentes para buscar soluções.
Não podemos nos silenciar, é preciso que o poder público nos dê liberdade de culto, somos cidadão, pagamos nossos impostos, disse a Ialorixá Naiza Araújo, no momento de desespero.
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