18 março 2013

Ciganos na Umbanda

Assim como muitos grupos e massas coletivas são colocados em várias dimensões galácticas e destinados ao encarne, dentro de um critério divino de avaliação e evolução, a exemplo de Capela e outros, os Espíritos Ciganos que hoje levam esse nome e que foram trazidos para reencarne em massa em nosso planeta Terra de outra galáxia, imigrando por designação divina de outras dimensões planetárias, carregam consigo a sabedoria, os costumes e o conhecimento. Por milênios vêm reencarnando e seguindo a ordem natural da evolução, conseguindo através dos tempos conquistar seu próprio espaço entre os demais, produzindo e conseguindo seus próprios gráficos universais de força no Plano espiritual.

Acreditamos que, em razão também da união que os abençoa, acabaram por socorrer seus próprios pares que agrupando-se em plena evolução, se tornaram uma das mais prestigiadas correntes de trabalho no Plano espiritual, motivo pelo qual, a par de seus já concebidos conhecimentos e magística, ocupam hoje o lugar de destaque nesta dimensão astral, bem como se justifica, a cada passo, ao longo do tempo, a trajetória admirável que vêm travando junto às Falanges da Umbanda Sagrada e toda espiritualidade, explicando-se dessa maneira a importância do trabalho que vêm desenvolvendo neste plano.

Carregam a denominação de Corrente Cigana, tanto quanto as outras tantas correntes de trabalho que conhecemos, com uma tendência natural de torna-se cada vez mais conhecida.

Carregam as Falanges Ciganas, juntamente com as Falanges Orientais, uma importância muito elevada, sendo cultuadas por todo um segmento, e que se explica por suas próprias razões, elegendo a prioridade de trabalho dentro da ordem natural das coisas em suas próprias tendências e especialidades.

Assim, numerosas Correntes Ciganas estão a serviço do mundo imaterial e carregam como seus sustentadores e dirigentes aqueles Espíritos mais evoluídos e antigos dentro da ordem e aprendizado, confundindo-se muitas vezes pela repetição dos nomes comuns apresentados para melhor conhecimento, preservando os costumes como forma de trabalho e respeito, facilitando a possibilidade de ampliar suas correntes com seus companheiros desencarnados e que buscam no universo Astral seu paradeiro, como ocorre em todas outras correntes do Espaço.

O Povo Cigano designado ao encarne na Terra, através dos tempos e de todo o trabalho desenvolvido até então, conseguiu conquistar um lugar de razoável importância dentro deste contexto espiritual, tendo muitos deles alcançado a graça de seguirem para outros espaços de maior evolução espiritual, juntamente com outros grupos de Espíritos, também de longa data de reencarnações repetidas na Terra e de grande contribuição, caridade e aprendizado no plano imaterial.

A argumentação de que Espíritos de Ciganos não deveriam falar por meio de não-Ciganos, ou por médiuns não-Ciganos, ou que deveriam fazê-lo no idioma próprio de seu povo, é totalmente e está em desarranjo total com os ensinamentos da Espiritualidade e sua doutrina evangélica.

Os Espíritos Ciganos agem no plano da saúde, do amor e do conhecimento, suportam princípios magísticos e têm um tratamento todo especial e diferenciado de outras correntes e Falanges. Ao contrário do que se pensa, os Ciganos reinam em suas correntes preferencialmente dentro do plano da luz e positivo, não trabalhando a serviço do mal e trazendo uma contribuição inesgotável aos homens e aos seus pares. Trabalham preferencialmente na Vibração de Direita, e aqueles que trabalham na Vibração da Esquerda não são os mesmos Espíritos de ex-Ciganos que se mantêm na Direita ostentando a condição de Guardiões e Guardiãs.

O que existem são os Exus Ciganos e as Moças Ciganas, que são verdadeiros Guardiões a serviço da Lei nas trevas.

Encontramos no Plano Positivo falanges diversas chefiadas por Ciganos diversos, em planos de atuação diversos. Dentre os mais conhecidos, podemos citar os Ciganos Pablo,Wlademir, Ramires, Juan, Pedrovick, Artemio, Hiago, Igor,Vitor e tanto outros, e, da mesma forma, as Ciganas como Esmeralda, Carmem, Salomé, Carmensita, Rosita, Madalena, Yasmin, Maria Dolores, Zaria, Sunakana, Sulamita, Wlavira, Liarin, Sarita e muitas outras também.

É importante que se esclareça que a vinculação vibratória e de Axé dos Espíritos Ciganos tem relação estreita com as cores utilizadas no culto e também com os incensos. Para o Cigano de trabalho, se possível, deve ser mantido um altar separado do altar geral, o que não quer dizer que não se possa cultuá-lo no altar normal. Esse altar deve manter sua imagem, o incenso apropriado, uma taça com água e outra com vinho, mantendo a pedra da cor de preferência do Cigano em um suporte de alumínio. É importante fazer-lhe oferendas periódicas e mantê-lo iluminado sempre com vela branca e outra da cor referida. No caso das Ciganas, apenas alterar a bebida para licor doce. Sempre que possível, deve-se derramar algumas gotas de azeite doce na pedra, deixando por três dias para depois limpa-la.

Os Espíritos Ciganos gostam muito de festas, e todas devem acontecer com bastante fruta, todas que não levem espinhos de qualquer espécie, podendo-se encher uma jarra de vinho tinto com um pouco de mel. As saias das Ciganas são sempre muito coloridas e o baralho, o espelho, o punhal, os dados, os cristais, a dança e a música, moedas e medalhas são sempre instrumentos magísticos de trabalho dos Ciganos em geral. Os Ciganos trabalham com seus encantamentos e magias e o fazem por força de seus próprios mistérios, olhando por dentro das pessoas e dos seus olhos.

É muito comum usar-se em trabalhos ciganos moedas antigas, fitas de todas as cores, folha de sândalo, punhal, raiz de violeta, cristal, lenços coloridos, folha de tabaco, tacho de cobre, de alumínio, cestas de vime, pedras coloridas, areia de rio, vinho, perfumes e escolher datas certas em dias especiais sob a regência das diversas fases da Lua.

Muitas vezes se formam no Espaço agrupamentos de Espíritos que conviveram em um mesmo clã e percorrem a caminhada da luz e dos trabalhos de caridade juntos, engrossando fileiras nas Correntes Ciganas. As Consagrações Ciganas devem ter sempre comidas nos ritual próprio, isto é, no Ritual Cigano.

Fonte: http://povodearuanda.wordpress.com/2007/11/26/ciganos-na-umbanda-2/


CIGANOS – BAILAM NO VENTO, CANTAM PARA AS ESTRELAS
Ciganos caminham sobre seus passos, guiados pela liberdade, desde sua mais tenra idade, orientados pelas lembranças ancestrais que os fazem amar o espaço, a luz, e o calor das fogueiras. Mesmo o cigano moderno tem em seu coração o apelo por reunir-se à noite para compartilhar as ações do dia, os acontecimentos, a resolução dos problemas, ouvir a sabedoria dos mais velhos.

O matriarcado cigano é forte, embora seja a figura masculina que mais se destaca. É através de seus paramentos que se identifica a hierarquia de um cigano dentro de sua tribo. As tribos ciganas nem sempre se confraternizam entre si, e mesmo podem ocorrer muitas rivalidades. Os Rom são os que têm se destacado entre a sociedade ocidental, com mais êxito.

As danças ciganas são evocações das forças místicas. Lembram a fluidez dos ventos, a sinuosidade das águas, o oscilar das chamas. Tem seu ritmo regido pelo vigor de pandeiros, palmas e batidas do pé, numa vibração única que os religam às raízes, à luz da Lua, imantando-os como numa unidade onde perpassa a energia.

Os ciganos encarnados hoje em dia lutam com dificuldades acerbas, que lhes dificultam exercer com plenitude seu modo de ser. São tolhidos pela falta de bens materiais e muitas vezes discriminados de modo que não conseguem bons empregos. Os ciganos que se destacam e se tornam ricos, em geral não divulgam suas origens, são discretos, mas de modo algum renegam sua raça, apenas a história de perseguições lhes ensinou a serem prudentes.

Já a falange dos Ciganos no astral, cresce dia a dia, pois cada vez mais antigos ciganos estão percebendo que o planeta necessita de sua sabedoria, do amor que lhes move sobre a natureza, sobre manter o equilíbrio entre os elementos água, fogo e ar , e o que era arte circense quando no corpo físico, utilizada em espetáculos, é plenamente usada com maestria, e permite que os ciganos se unam no astral , aos Povos do Oriente, cuja sabedoria acumulada em milênios é utilizada pelo bem e proteção da Humanidade, que neste momento passa por grandes dificuldades, pelo assédio de miasmas doentios, que lhes sugam as forças, lhes embrutecem o espírito, e é necessário muito auxílio para que toda a população terrena não caia em derrocada, assediada por personalidades perversas que ultrapassam seus próprios limites de maldade.

Mas é sabido que quando chega a meia-noite, só pode amanhecer, e é nisso que os ciganos acreditam também, desde seus primeiros passos, e aí está o segredo de seu sorriso fácil, seu porte altaneiro e seguro, é a certeza que a vida é única , embora infinita, e que por pior que sejam as dificuldades, as luzes da alvorada destroem todos os sonhos maus, os empurrando para longínquos lugares, fora do alcance de seu mal.

Os ciganos acreditam no perigo, sabem que a bondade absoluta desprendida é raro tesouro, por isso, aqueles que adquirem o conhecimento e o poder de auxílio, obtém uma espécie de graduação que se localiza paralelamente às religiões, eles vibram no Espiritismo e na Umbanda, também influenciam os espiritualistas sinceros, mas estão em vibração no seu diapasão próprio, pois eles não querem se prender a outros dogmas, eles são fiéis, até à eternidade, às suas próprias interpretações de andar entre as estrelas, o que é sua própria natureza.

Na Umbanda, diz-se que há não ciganos que agregaram a essa falange, mas na verdade são espíritos ciganos que em algum momento escolheram outros aprendizados e num outro momento voltam às fileiras de trabalho dos ciganos.

Quem anda por esse mundo ainda em envoltório físico, e conhece, aceita e absorve a vibração do Povo cigano, que o protege, tem de ter a mente aberta e o espírito corajoso, desapegado e saber se energizar plenamente, para conseguir receber os conhecimentos mágicos que eles costuma fornecer. A simplicidade é uma das qualidades mais difíceis para o homem adquirir, assim como o amor de ordem cósmica, que os ciganos são exímios mestres, e é a mais poderosa das magias. O amor cura, supera erros, cicatriza feridas da alma, perdoa o pior erro, ensina, dulcifica, equilibra.

O cigano no mundo espiritual que está ao nosso lado, por escolha, na luta do resgate da nossa Terra, nos traz o brilho das estrelas em seu sorriso, a jovialidade das ações, como faz com sua dança, e a capacidade da sensibilidade expandida, que guia nossos passos pelos caminhos corretos. Nem sempre caminhos seguros, mas sempre serão aqueles caminhos que terão as paisagens mais belas, as lições mais ricas, e com certeza, as noites de luar sempre evocarão as danças em torno das fogueiras de nossas mentes, onde podemos então compartilhar com os antigos, as histórias, os sentimentos corretos que apertam os laços familiares, a fidelidade aos compromissos, a objetividade na resolução dos problemas, mantendo pelos evos, os laços da alma, que se tornam então, indestrutíveis, eternos.

Escrito por Alex de Oxóssi

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