03 junho 2011

SER FELIZ OU INFELIZ ?

  Um senhor estava completando cem anos de idade e perguntaram-lhe, no dia do aniversário, como ele conseguia estar sempre feliz? Ele respondeu: toda manhã, quando levanto, posso escolher se serei feliz ou infeliz e eu escolho ser feliz! Por que continuamos escolhendo a infelicidade?
Porque nunca estamos conscientes de que somos nós que fazemos essa escolha.
Esse é um problema humano que tem que ser profundamente analisado. Não é uma questão teórica; esse problema diz respeito a todos nós?
É assim que quase todo mundo está agindo: sempre escolhendo o errado. Sempre escolhendo a tristeza, a depressão, o mal-estar, a miséria.
Deve haver razões profundas para isso... E há!
A primeira coisa a ser considerada é o modo como os seres humanos são criados.
Desde o nascimento, uma criança perceptiva começa a sentir que, se ela está infeliz, ela provoca simpatia, ela provoca compaixão, todo mundo tenta ser amável, enfim, ela ganha amor. E até mais do que isso: se ela está mal, com algum tipo de sofrimento, ela ganha atenção de todo mundo.
E a atenção funciona como um alimento para o ego. É com a atenção que nós ganhamos energia e nós sentimos que somos alguém. Se todos nos olham, nós nos tornamos importantes. O ego surge no relacionamento.
Desde o nascimento, a criança aprende: pareça miserável e assim obterá simpatia; pareça doente e você merecerá atenção, ou seja, você se tornará importante.
Quando a criança está feliz, ninguém a ouve...
Quando está saudável, ninguém se importa com ela...
Quando está bem, ninguém lhe dá atenção...
Por que haveriam de se importar com ela? Tudo vai bem!
E ainda tem mais: se ela estiver saudável e começar a agitar, a se expressar, é bem provável que logo receba uma repreensão, o que há de abatê-la e se aprofundar em sua consciência.
Assim, desde o nascimento, aprenderá a escolher o errado, ou seja, escolher a tristeza, o pessimismo, o lado mais escuro da vida humana.
Outro fato relacionado a este é que sempre que nós estamos felizes, sempre que estamos alegres, todo mundo nos inveja.
Assim, nós aprendemos a não ficar felizes, a não demonstrar nossa felicidade, a não rir. Quando as pessoas riem, em geral, elas não dão gargalhadas; elas riem até um certo ponto: até o ponto em que não serão levadas a mal, até o ponto em que não provoquem inveja.
Nesta sociedade, se alguém estiver dançando, em êxtase, no meio da rua, no trabalho, todos jurarão que é um louco.
Se alguém se sentir mal, tímido, inseguro, bloqueado, então tudo está bem, ele está mais ou menos ajustado, mais ou menos igual a todo mundo, porque a sociedade é assim mesmo: mais ou menos miserável!...
Mas o velho de cem anos tinha razão. Na verdade, pela manhã, todo mundo pode escolher. E não apenas ao amanhecer, a todo o momento podemos fazer uma escolha entre sermos felizes ou infelizes. E estamos habituados a escolher a infelicidade.
A sociedade fez uma grande obra. A educação, a cultura e os agentes culturais - pais, professores, etc. - transformaram criaturas alegres em criaturas infelizes.
Toda criança nasce como um leão, toda criança é um ser divino ao nascer, mas acaba morrendo como uma ovelha medrosa, morre como um louco.
Esta é a chave: a escolha existe, mas você se tornou inconsciente dela.
Escolheu o errado tão continuamente que fez disso um hábito e passou a escolher automaticamente.
Abra os olhos: você está escolhendo a todo o momento. Lembre-se: a escolha é sua! Essa conscientização o ajudará. E será mais fácil achar o caminho para a felicidade.
Lembre-se: A escolha é sua!!!
Não reclame; este drama é seu; ninguém mais é responsável: só você!

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