22 setembro 2019

Intolerância religiosa é um crime de ódio que fere a liberdade e a dignidade humana! Respeite a diversidade!

"Axé pra quem é de axé
Saravá pra quem é de Saravá
Aleluia pra quem é de aleluia
Amém pra quem é de amém
Shalom
Namastê geral"

 

Intolerância Religiosa.
Até quando?

Novamente a nossa estátua da Iemanjá foi depredada (em menos de um ano mais um ataque). Ilê de Xangô foi mais uma vez vítimia do preconceito, do racismo e da onda de ódio que assola o país. Dessa vez a estátua foi quebrada em vários lugares à marretadas como mostra o vídeo. Estamos nesse momento fazendo um BO e em contato com os órgãos competentes e esperamos que dessa fez seja feito algo.


Apesar da Constituição Federal garantir o direito à liberdade de credo e manifestações religiosas, nós praticantes da Umbanda, Candomblé, Nação – principais vítimas do preconceito – lidam com ofensas e agressões de diversas naturezas, a cada 15 horas, um terreiro é violado no país.

O Brasil foi o destino, entre os séculos 16 e 19, de homens e mulheres africanos trazidos para servir como mão de obra escrava. Naquela época, a preservação da cultura e da crença era símbolo de resistência contra a violência a qual aquele povo foi submetido e, ainda hoje, os praticantes de religiões africanas precisam lutar pelo respeito e liberdade.

A intolerância é uma doença, e, de tempos em tempos, torna-se uma epidemia, um mal social que atinge uma imensa camada da população global, que fere a dignidade humana e a liberdade de expressão. Ela se baseia no preconceito, na discriminação, no pretenso monopólio da verdade e no fundamentalismo. Aqueles que praticam a intolerância religiosa acreditam possuir alguma "procuração divina" e, em nome de sua fé, sentem-se no direito de achincalhar, invadir, espoliar, prender, torturar e, por fim, exterminar o diferente.

Mas essa grave doença tem cura, e seu tratamento começa pela educação e esclarecimento, pois toda a violência surge do medo, e o medo advém da ignorância. Para tanto, são necessárias ações intensivas e continuadas de sensibilização e conscientização da população, e uma política de educação para a tolerância, a compreensão e o respeito à diversidade, que deve começar na pré-escola e se estender a todas as idades.

Povo de Santo é resistência e vamos lutar sempre!

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