Com a fala, Mãe Dora de Oyá. Crédito: Erasmo Salomão
Hoje, 25 de novembro, foi lançada pelo Ministério da Saúde e Secretaria de Direitos Humanos a campanha publicitária inédita de combate ao racismo no Sistema Único de Saúde (SUS), com o slogan Racismo faz mal à saúde. Denuncie!. A ação é mais um marco para a promoção da saúde do negro no Brasil e tem como objetivo conscientizar a população e profissionais da área sobre a existência do racismo no SUS e a importância de enfrentá-lo.
Por meio do Disque Saúde 136 é possível denunciar qualquer situação de racismo ou obter informações sobre doenças mais comuns entre a população negra e que exigem um maior acompanhamento. A página oficial da campanha já está no ar. Saiba como participar e, não fique em silêncio, compartilhe nas redes sociais.
O evento de lançamento foi iniciado com o pronunciamento de três representantes de religiões de matrizes africanas, em referência à diversidade da população negra. Entre eles, Doralina Fernandes Barreto Régis, a Mãe Dora de Oyá, que ressaltou a necessidade da mudança do comportamento dos profissionais de saúde em relação à população preta e parda. “Acho que essa campanha é o início da preparação diferenciada dos profissionais para atenderem um público que tem as suas especificidades, que é o negro. Hoje é um marco para as políticas públicas de saúde da população negra e é uma questão de direitos humanos que tem que mudar mesmo”, defende.
O Ministro da Saúde, Arthur Chioro, salientou os dados que atestam a existência do racismo institucional no SUS e a necessidade de reconhecer a realidade para que esta seja modificada. “Apenas 62,5% das mulheres negras receberam informações sobre a importância do aleitamento materno, enquanto 77,7% das mulheres brancas foram orientadas. O que justifica este dado se não o preconceito e o racismo institucional?”, indagou.
A campanha traz ainda dados sobre doenças que atingem com maior incidência a população negra, como a Hipertensão, Diabetes Melitus tipo II, cuja taxa de mortalidade, a cada 100 mil habitantes, afeta na população negra 34,1 habitantes e entre a branca, 22,7. Além da Anemia Falciforme, que pode ser encontrada em frequências que variam de 2% a 6% na população brasileira em geral, e de 6% a 10% na população negra. A doença é grave e deve ser diagnosticada precocemente por meio do teste do pezinho.
Maria Zenó Soares, presidente da Federação Nacional das Associações de Pessoas com Doença Falciforme (FENAFAL), participou do evento como representante da população negra. “O que nós esperamos é sermos respeitados como seres humanos. Temos os mesmos deveres e, portanto, os mesmos direitos. Às vezes a pessoa está sofrendo racismo e não sabe. Por isto essa campanha é importante. Se o negro não for atendido como deve ser por questões de pele, ele tem que denunciar”, incentiva.
A ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Ideli Salvatti, apontou, que mesmo com os avanços recentes de inclusão e acesso à saúde, educação e economia da população negra, ainda há necessidade da mudança e reconhecimento do racismo, além do SUS, em outras esferas de gestão. “Nenhum país que tem 300 anos de escravidão supera com rapidez os malefícios na economia, saúde, cultura e no imaginário social. A escravatura socioeconômica permaneceu e permanece até hoje”, afirma.
Este ano, além do lançamento da campanha, o Ministério da Saúde publicou o II Plano Operativo da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra e lançou o Módulo da UnaSUS Saúde Integral da População Negra, disponível aqui.
Não deixe de curtir SUS sem Racismo.
Fonte: Bia Magalhães / Blog da SaúdeEsse post faz parte de #destaques e possui as seguintes tags: Doença Falciforme, população negra, #destaques, #SUSsemRacismo, Racismo faz mal à saúde. Denuncie!.
Há ainda uma linha direta com a Central de Atendimento à Mulher (Disque 180) que oferece orientação de enfrentamento à violência contra a mulher.
Fonte: http://mandacarurn.blogspot.com.br/
Por meio do Disque Saúde 136 é possível denunciar qualquer situação de racismo ou obter informações sobre doenças mais comuns entre a população negra e que exigem um maior acompanhamento. A página oficial da campanha já está no ar. Saiba como participar e, não fique em silêncio, compartilhe nas redes sociais.
O evento de lançamento foi iniciado com o pronunciamento de três representantes de religiões de matrizes africanas, em referência à diversidade da população negra. Entre eles, Doralina Fernandes Barreto Régis, a Mãe Dora de Oyá, que ressaltou a necessidade da mudança do comportamento dos profissionais de saúde em relação à população preta e parda. “Acho que essa campanha é o início da preparação diferenciada dos profissionais para atenderem um público que tem as suas especificidades, que é o negro. Hoje é um marco para as políticas públicas de saúde da população negra e é uma questão de direitos humanos que tem que mudar mesmo”, defende.
O Ministro da Saúde, Arthur Chioro, salientou os dados que atestam a existência do racismo institucional no SUS e a necessidade de reconhecer a realidade para que esta seja modificada. “Apenas 62,5% das mulheres negras receberam informações sobre a importância do aleitamento materno, enquanto 77,7% das mulheres brancas foram orientadas. O que justifica este dado se não o preconceito e o racismo institucional?”, indagou.
A campanha traz ainda dados sobre doenças que atingem com maior incidência a população negra, como a Hipertensão, Diabetes Melitus tipo II, cuja taxa de mortalidade, a cada 100 mil habitantes, afeta na população negra 34,1 habitantes e entre a branca, 22,7. Além da Anemia Falciforme, que pode ser encontrada em frequências que variam de 2% a 6% na população brasileira em geral, e de 6% a 10% na população negra. A doença é grave e deve ser diagnosticada precocemente por meio do teste do pezinho.
Maria Zenó Soares, presidente da Federação Nacional das Associações de Pessoas com Doença Falciforme (FENAFAL), participou do evento como representante da população negra. “O que nós esperamos é sermos respeitados como seres humanos. Temos os mesmos deveres e, portanto, os mesmos direitos. Às vezes a pessoa está sofrendo racismo e não sabe. Por isto essa campanha é importante. Se o negro não for atendido como deve ser por questões de pele, ele tem que denunciar”, incentiva.
A ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Ideli Salvatti, apontou, que mesmo com os avanços recentes de inclusão e acesso à saúde, educação e economia da população negra, ainda há necessidade da mudança e reconhecimento do racismo, além do SUS, em outras esferas de gestão. “Nenhum país que tem 300 anos de escravidão supera com rapidez os malefícios na economia, saúde, cultura e no imaginário social. A escravatura socioeconômica permaneceu e permanece até hoje”, afirma.
Este ano, além do lançamento da campanha, o Ministério da Saúde publicou o II Plano Operativo da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra e lançou o Módulo da UnaSUS Saúde Integral da População Negra, disponível aqui.
Não deixe de curtir SUS sem Racismo.
Fonte: Bia Magalhães / Blog da SaúdeEsse post faz parte de #destaques e possui as seguintes tags: Doença Falciforme, população negra, #destaques, #SUSsemRacismo, Racismo faz mal à saúde. Denuncie!.
Há ainda uma linha direta com a Central de Atendimento à Mulher (Disque 180) que oferece orientação de enfrentamento à violência contra a mulher.
Fonte: http://mandacarurn.blogspot.com.br/
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