16 fevereiro 2012

Mãe Cotinha de Iyèwá

YÈWÁ TUDO SABE E TUDO VÊ!
Mãe Cotinha de Yèwá representou a 4° geração da Casa de Òsùmàrè, sendo a primeira mulher a assumir o maior posto hierárquico do Terreiro. Ela escreveu  letras garrafais seu nome na história do candomblé da Bahia. Sentou ao trono ainda jovem,  1927, com 37 anos de idade. Governou o terreiro de Oxumarê por 21 anos, sob a orientação de Yèwá até o dia em  veio a falecer, em 21 de junho de 1948.
Os antigos relatam que Mãe Cotinha era muito tímida e não gostava de dar ordens. Estas características que a distinguiam foram responsáveis por Yèwá, muitas vezes, assumir a direção da Casa. Era a própria divindade que transmitia os ensinamentos, educava as filhas de santo conforme as tradições e costumes do candomblé. Era ela também quem aplicava as correções necessárias, quando eram violados os princípios religiosos da Casa de Oxumarê.
Nada acontecia sem ser visto pelos olhos de Yèwá, que tomava  de cada detalhe da casa de Oxumarê. Ela prezava pela seriedade, e, nos momentos que eram preparadas as oferendas para servir os orixás, não permitia nenhum  de conversa, muito pelo contrário, cânticos para louvar as divindades eram por ela entoados, e, com muita alegria, respondidos por todos, ao tempo em que eram realizadas as funções internas.
Cada um tinha a sua função, as filhas de santo pertencentes a orixás femininos executavam tarefas mais delicadas como cuidar do preparo das comidas, lavar as louças, limpar e decorar a Casa etc… Enquanto as filhas de Orixás masculinos buscavam a lenha, iam até a fonte buscar água para realização de todos os afazeres, colhiam os grãos na horta, etc.
Yèwá era quem designava as tarefas para as filhas de santo de Mãe Cotinha, que realizavam os deveres em perfeita harmonia.

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