31 maio 2011

toque de preto velho na casa de umbanda pai josé de aruanda no dia 30/05/2011

               a casa de umbanda pai josé de aruanda agradeci a presença do babalorixa Noamã Jagun

                            a casa de umbanda pai josé de aruanda agradeci a presença da mãe de santo fracelina cruz (mãe nina) 


                       a casa pai josé de aruanda agradeci a presença da yalorixa maria de pinheiro

a mãe de santo da casa de umbanda pai josé de aruanda sucessora do baba José Jaime que esta a frente da casa


                               tudo feito com maio carinho para os nossos velinhos preto velho

Xangô Deus da justiça, Senhor das pedreiras

Homem Velho, Senhor da Justiça, Rei da Pedreira. Por falar em pedreira, adora colecionar pedras.
Xangô é o Deus da Justiça e sua força está nas pedreiras, exercendo uma influência muito forte em seus filhos, principalmente a Justiça. Todos os Orixás, evidentemente, são justos, e transmitem este sentimento aos seus filhos, entretanto com os filhos de Xangô a Justiça deixa de ser uma virtude para passar uma obsessão, o que faz de seus filhos um sofredor, principalmente porque o parâmetro da Justiça é o seu julgamento, e não o da Justiça Divina, quase sempre diferente do nosso que é  muito terra. Esta análise é muito importante.
Os filhos de Xangô apresentam um tipo firme, enérgico, seguro e absolutamente austero. Suas fisionomias, mesmo a jovem, apresentam uma velhice precoce, sem lhes tirar, em absoluto, a beleza ou a alegria. Têm comportamento medido. São incapazes de dar um passo maior que a perna e todas as suas atitudes e resoluções baseiam-se na segurança e chão firme que gostam de pisar. São tímidos no contato com o semelhante, mas assumem facilmente o poder do mando. São conselheiros, e não gostam de ser contrariados, podendo facilmente sair da serenidade para a violência, mas tudo medido, calculado e esquematizado. Acalmam-se com a mesma facilidade quando sua opinião é aceita. Não guardam rancor. Vestem-se com discrição fe seus vestuários seguem o modelo tradicional.

Quando os filhos de Xangô conseguem equilibrar o seu senso de Justiça, transferindo o seu próprio julgamento para o Julgamento Divino, cuja sentença não nos é permitido conhecer, tornam-se pessoas admiráveis e gentis. O medo de cometer injustiças muitas vezes retarda suas decisões, o que, ao contrário de lhes prejudicar, só lhe traz benefícios. O grande defeito dos filhos de Xangô é julgar os outros. Se aprender a dominar esta característica, torna-se um legítimo representante do Homem Velho, Senhor da Justiça, Rei da Pedreira. Por falar em pedreira, adora colecionar pedras.

29 maio 2011

Abian

Abiã ou Abian - É toda pessoa que entra para a religião do Candomblé,também chamado de filho de santo, após ter passado pelo ritual de lavagem de Fio de contas e o boriEbori. Poderá ser iniciada ou não, vai depender do Orixá pedir a iniciação. Só deixará de ser abian quando for iniciada,sendo então um Iyao.
O abian não participa dos preceitos internos, só participa das festas públicas, ainda não tem um compromisso com o Ilê (casa), nesse período terá a oportunidade de conhecer as pessoas e o funcionamento da casa, se tiver alguma coisa que não goste, poderá sair e procurar outra casa que seja do seu agrado ou de sua confiança.
Ao abian é permitido ajudar em quase todos serviços da casa, sempre orientado por um mais velho que diga o que pode ou não fazer. Essa fase é muito importante para se aprender vendo e ouvindo, as perguntas não são muito bem vindas, observar e saber ouvir é a melhor maneira de aprender, quando um mais velho se dispôr a falar e contar, abaixe-se e preste atenção, não interrompa, escute e grave.
Os mais velhos já estão cansados e não têm muita paciência para ficar respondendo as milhões de perguntas que o abian gostaria de fazer, portanto seja paciente, não seja muito apressado, tem a vida inteira para aprender, essa é uma das normas do candomblé.

AXÒGÚN

AXÒGÚN, é um sacerdote, um dos cargos mais importantes e de muita responsabilidade, ele é um especilista no que faz, é o Ogan encarregado do sacrifício dos animais votivos nas cerimônias do Candomblé Ketu.

Deve ser pessoa de absoluta confiança do lider religioso, precisa ter boa memória, saber as técnicas complexas para a execução de suas tarefas, não pode cometer nenhum erro.

Dependendo do prestígio do Axogun, poderá ser convidado por outros sacerdotes de outras casas para exercer suas funções em caso de grandes obrigações.

28 maio 2011

E assim surgiram os Ogãs...





Exu sempre foi o mais alegre, divertido e comunicativo de todos os orixás. Ao criá-lo, Olorun, deu-lhe, entre outras funções, a de mensageiro comunicador e elemento de ligação entre tudo o que existe. Por isso, nas festas que se realizavam no orun (céu), ele tocava tambores e cantava durante horas trazendo alegria e animação a todos.


Sempre foi assim, até que um dia os orixás acharam que o som dos tambores e dos cânticos estavam muito altos, e que não ficava bem tanta agitação em um local mais propicio à reflexão.

Então, eles, em romaria, foram pedir a Exu, que parasse com aquela atividade barulhenta, que a todos estava enlouquecendo, para que a paz voltasse a reinar.

Assim foi feito, e ele, apesar de contrariado, nunca mais tocou seus tambores, respeitando a vontade de todos.

Um belo dia, porém, numa dessas festas, os orixás começaram a sentir falta da alegria e leveza que a música trazia. Perceberam que as cerimônias ficavam muito mais bonitas ao som dos tambores.

Novamente, se reuniram e resolveram pedir a Exu que voltasse a animar as festas, pois elas tinham perdido o frescor e estavam muito sem vida.

Exu, desta vez, negou-se a atender a pedido, pois havia ficado muito ofendido quando sua animação fora censurada, mas prometeu que daria essa função para a primeira pessoa que encontrasse em suas viagens.

Saiu então a andar pelo mundo e logo apareceu em seu caminho um homem, de nome Ogã. Cumprindo a promessa feita, Exu confiou-lhe a missão de tocar tambores e entoar cânticos para animar todas as festividades dos orixás. E determinou que daquele dia em diante, os homens que exercessem esse cargo seriam respeitados como verdadeiros pais e, em homenagem ao primeiro, denominados Ogãs. E nunca mais faltaram animação e alegria nas reuniões festivas dos orixás.Graças a Exu! 

27 maio 2011

A Religião dos Yorubás

A religião tradicional yorubá envolve adoração e respeito a Olorun ou Olòdùmarè, o criador, dos Orixás e dos antepassados, e cultuam 401 deidades; a maior parte desses Orixás são figuras antropomorfas, que também são associadas com características naturais. As pessoas rezam e fazem sacrifícios, de acordo com suas necessidades e situação. Cada divindade tem as suas regras, ritos e sacrifícios próprios. Os yorubás rezam para os Orixás para intervenção divina em suas vidas.
Olorun (o dono do céu), ou Olòdùmarè é o Deus supremo dos yorubás, ele é o criador, é invocado em bênçãos e em certas obrigações, mas nenhum santuário existe para ele, nenhum sacerdócio organizado.
Os yorubás, também, crêem que os antepassados interferem diariamente nos eventos da terra. Em algumas cidades são feitos festivais anuais, onde cada Egungun dança, e é festejado. Como já vimos os yorubás, são um povo com uma cultura muito rica. Eles superaram muitos obstáculos para alcançar o ponto em que estão hoje. A sua cultura e história podem ser vistas ao longo do mundo, especialmente as convicções religiosas, em outras palavras, os yorubás são dos mais influentes povos do mundo.
Outra explicação que se faz a respeito do aparecimento das divindades seria que Oxalá ou Obatalá, deus da criação instalou o seu reino em Ifé, lugar sagrado dos yorubás. Fala-se que Obatalá tinha um irmão mais jovem chamado Oduduwa, que ambicionava executar as tarefas que Olòdùmarè confiou a Obatalá e, para tanto, fez um ebó, contando com a colaboração de Esu (Exu), que armou uma cilada, provocando muita sede em Obatalá, que se encontrava bastante cansado da viagem. Ao se aproximar de uma palmeira, usando seu cajado, furou a dita palmeira e bebeu o emu ( vinho de palma) que jorrava. Exausto embriagou-se rapidamente e ali mesmo deitou e adormeceu. Oduduwa que vinha de espreita na retaguarda, passou à sua frente, e tornou-se fundador dos povos yorubás.
Olodumare
Poucos sacerdotes falam de Olòdùmarè, pois não existe nenhum altar, nenhum assentamento dedicado a ele e nenhum filho ou filha lhe é consagrado. A religião é parte essencial da cultura dos povos africanos, e acreditam que Olòdùmarè seja o ser supremo, é o Obá Orum, rei do céu. É ele acima de tudo; omnipresente, ele é Olorun Alagbara, o Deus Poderoso.
Diz a mitologia yorubá que Olòdùmarè, junto com a criação do céu e da terra, trouxe para a existência as outras divindades Orixás, para o ajudar a administrar a sua criação, e a importância de cada divindade depende da posição dentro do panteão yorubá. Olòdùmarè é o Deus Supremo dos yorubás, merecedor de grande reverência, o seu status de supremacia é absoluto.
Ele é Omnipotente – tão omnipotente que para Olòdùmarè nada é impossível, ele é o rei cujos trabalhos são feitos para perfeição.
Ele é imortal – Olòdùmarè nunca morre, os yorubás crêem que seja inimaginável para Elemi (o dono da vida) morrer.
Ele é Omnisciente – Olòdùmarè sabe tudo, não existe nada que se possa esconder dele; ele é sábio, tudo está ao seu alcance. Alguns estudiosos afirmam que a religião yorubá, é a religião monoteísta mais antiga da humanidade.

26 maio 2011

Exús Mirins


Linha dos Exús Mirins

Na Umbanda existe uma linha pouco comentada e compreendida, sendo por isso mesmo, pouco respeitada. É a linha de Exú Mirim. Poucos trabalham com essas entidades tão controvertidas e misteriosas, sendo que alguns até duvidam da existência deles.

Exú Mirim é uma entidade que trabalha lado a lado com as crianças, sendo muito brincalhão. Com sua irreverência resolve qualquer mal e auxilia na segurança do Centro. Os Exus Mirins se apresentam como crianças travessas, brincalhonas, espertas e extrovertidas. Não são espíritos humanos, pois nunca encarnaram, são encantados vivenciando realidades da vida muito diferentes da nossa.

Exú Mirim pertence à linha de esquerda, trabalhando junto com os Exús e as Pombo-Giras para a proteção e sustentação dos trabalhos da casa. Enquanto Exú vitaliza os sete sentidos da vida e a Pombo-Gira os estimula, Exú Mirim traz situações complicadas, para que utilizando o vigor e estimulados, possamos vencer essas situações e evoluirmos como espíritos humanos.Apesar de serem bem agitados, devem manifestar-se sempre com bom senso e respeito, pois num Centro de Umbanda, eles vêm para a prática do bem sobre comando direto dos Exús e Pombo-Giras, os guardiões da casa.

Trazem nomes simbólicos análogos aos dos Exús, revelando seu campo de atuação, energias, forças e Orixás a quem respondem. Assim, temos Exus Mirins ligados ao Campo Santo: Caveirinha, Covinha, Calunguinha, Porteirinha, ligados ao fogo: Pimentinha, Labareda, Faísca, Malagueta, ligados a água: Lodinho, Ondinha, Prainha, entre muitos e muitos outros. Temos Exús Mirins atuando em cada uma das Sete Linhas de Umbanda.

Quando respeitados, bem direcionados e doutrinados pelos Exús e Pombo-Giras, tornam-se ótimos trabalhadores, realizando trabalhos magníficos de limpeza astral, cura, quebras de demandas, etc.

Uma força muito grande que Exú Mirim traz, é a força de desenrolar a nossa vida, levando todas as nossas complicações pessoais. Também são ótimos para acharem e revelarem trabalhos ou forças negativas que estejam atuando contra nós.


Ponto Cantado para Exu-Mirim

Ele é Exu !
É Exu-Mirim !
Não me nega nada,
Sempre me diz sim !
Exu-Mirim é o meu Exu de fé!
Exu-Mirim é pequeno na quimbanda!
Exu-Mirim saravando a encruza,
Exu-Mirim vencendo suas demandas!
Boa noite gente , como vai ? Como passou? (bis)
Exu-Mirim é pequeninho, mais é bom trabalhador. (bis)
O mercê das minhas almas não zomba de mim
O mercê das minhas almas não zomba de mim
Eu sou pequeninho, eu sou Exu-Mirim
Eu sou pequeninho, eu sou Exu-Mirim

25 maio 2011

Exu Tranca Ruas das Almas


Antes seu nome foi Geraldo,mais a alguns dias descobriram seu sobrenome branco compostella ,bem tranca ruas não foi de fato um médico como se diz nas letras de seus pontos ,ele foi na verdade uma espécie de curandeiro,sua especialidade era a extração de dentes,trabalhava com ervas virgens e em especial com cascas de uma arvore que tinha próximo ao seu castelo,era um homem muito rico nascido em berço de ouro,Geraldo quando jovem tinha vontade de se tornar um padre em um mosteiro em sua cidade (Galícia ,na Espanha) ,todo esse sonho foi interrompido durante uma missa cujo qual ficou em seu pensamento um distinta senhora que havia ído se confessar.

Ele passou então a frenquentar a todas as missas ,tentando desesperadamente encontrar essa mulher,depois de um mês quando estava na ante sala da igreja ele ouviu uma voz suave chamando pelo padre ,e para sua surpresa era a tal mulher.sem pensar em nada fingiu ser o padre ,a mulher então beijou lhe a mão e pediu para que ele lhe perdoasse seus pecados,ela disse a ele que a bruxaria fazia parte de sua vida e nada poderia fazer para afasta la de seus caminhos e que estava saindo daquela cidade por que temia que a inquisição a julgasse,nesse mesmo momento geraldo se calou e disse a mulher ,desde que te vi pelas missas não consigo pensar em outra coisa a não ser voce,não sei se estou enfeitiçado ,mais o que sinto é mais que o suficiente,e se voce vai sair desta cidade que seja comigo.

Geraldo voltou a seu castelo,vendeu todos os seus bens e nunca mais voltou a cidade de galicia,ele foi morar com Maria e começou a se envolver demais com os segredos do oculto,logo Geraldo passou a se tornar um mestre na arte de enfeitiçar,e passou para o lado da magia negra,com medo de perder Maria, geraldo celou um pacto com o diabo para que a mesma fosse para sempre sua e de nenhum outro homem.

Sua alma passou a ser do diabo,que cobrava cada vez mais pelo seu feito,alguns anos se passaram e Maria adoeceu,nenhum feitiço era capaz de lhe devolver a saúde,Geraldo desesperado pensando perder sua amada mais uma vez recorreu ao diabo,porem disse a ele ,que se fizesse o que ele queria seu preço seria cobrado apos a morte de Maria ,Geraldo sem pensar aceitou,na manhã seguinte Maria se levantou e nada mais tinha ,ela viveu intensamente somente mais três dias ,falecendo queimada por uma vela que incendiou todo o casebre.

Por culpa de Geraldo ,Maria não conseguia descansar em paz,seu espirito ficou perdido junto com as almas sem luz,e Geraldo dedicou seus últimos dias a buscar um jeito de livrar a alma de sua amada,ele morreu logo depois de desgosto,e o diabo levou sua alma ,após sua passagem tornou se o guardião das almas sem luz que tentam se livrar dos caminhos escuros ,por isso seu nome tranca rua das almas.hoje sua missão é levar ajuda a quem esta perdido,e ele tambem guarda os espirítos zombeteiros afim de que paguem seus pecados,para voltarem ,reencarnarem.essa é a historia de tranca rua das almas.

Lenda da Pomba Gira Sete Saias

Vamos contar essa história que é de muita valia para aqueles que são seus seguidores e admirados. Sete Saias teve sua vinda ao mundo marcada por muito sofrimento. Já na sua infância se dá o início de sua aflição, pois ao nascer sua mãe falece por complicações durante o parto.

Desde então sofre constantes humilhações vindas de seu pai que passa a culpá-la pela morte da esposa que tanto amava.
Sete Saias cresce e com o passar dos anos crescem os aviltamentos e já moça passa a ser forçada a fazer todas as vontades do pai sendo mais uma serviçal do que uma filha.
Com seu pai Sete Saias movara em uma choupana afastada no lugarejo onde habitavam e por esse motivo não vê felicidade em seu futuro.
Acaba então a moça Sete Saias se relacionando com homens casados e ricos do povoado vendo ai sua única satisfação.
Mas a vida não lhe sorri pelos seus envolvimentos e pelo enredo de traições em que se envolve e as esposas traídas desejam o seu mal a ponto de desejarem apedreja-la.
Mas até aqui não se fala por que ela recebeu este nome: Sete Saias.

Segundo conta a lenda o motivo pelo qual tem este nome é que a moça tinha sete amantes. Assim, para cada amante ela usava respectivamente uma saia.
Estes amantes, encuimados entre si decidem transformar a vida da moça, trancando-a em um casebre afastado como modo de puní-la pela vida libertina que escolhera junto aos mesmos. É então obrigada a se alimentar de restos de vegetais que se encontravam no interior de seu carcere...
Com muito sufoco, e força de vontade de viver, derrubou uma parede velha do casebre feito de madeira. Rastejando pela fraqueza encontrou uma estrada próxima e nela passava uma caravana de ciganos que a acolheram e
cuidaram dela. Tornando-se uma bela moça, que acabou casando com o filho do chefe do clã dos ciganos. Este filho tornou-se um homem muito rico, ele recebeu o título de barão e provavelmente ela uma baronesa. E por vingança, queria voltar ao lugar que queriam
apedrejá-la. O marido apaixonado e fiel, fez a vontade da esposa, comprando o melhor e mais importante casarão daquele povoado. E assim, mandou convite a todos para um rico e
abundante baile de máscaras, para apresentar a mais nova baronesa daqueles tempos.

E Sete Saias desceu as escadarias do rico salão com a sua bela máscara e um maravilhoso vestido. E todos os seus inimigos a aplaudiram e reverenciaram sem saber quem era a misteriosa mulher, que seria revelada somente no fim da festa. Ela chamou a todos ao centro do salão, ainda com a máscara, os convidados já totalmente bêbados, ela retirou a máscara, revelando-se a todos. Os inimigos indignados por ser ela a mais rica baronesa da região a qual deviam respeito, começaram a condená-la, principalmente o seu pai, que no impulso começou a cobrar carinhos que ele nunca teve a ela. E no soar de palmas, entraram-se empregados ao salão, carregando enormes barris de óleol. E os convidados achando-se que fazia parte da cerimônia, ficaram aguardando os servos despejarem o óleo por tudo enquanto Sete Saias e seu marido saíram escondidos, incendiando todo o espaço, matando e vingando-se assim, de
todos os seus inimigos, chegando ao ponto de pedir a sua rica
charrete para parar em frente ao casarão e ver seus inimigos se
incendiando.

Suas últimas palavras aos seus inimigos foram:
" livrarei vocês dos seus pecados com o fogo!"

Beijando o seu esposo e seguindo a tua viagem.

Ela morreu com seus 78 anos.

História esta contada pela sua maior parceria Maria Padilha.

24 maio 2011

Uma mensagem

Uma mensagem de Mariano de Xango para todos os membros de Jurema Sagrada em Rede Afrobrasileira Sociocultural!


SENHOR DO AXÉ


Com sua haste de ferro
de sete pontas
pássaro pousado no cetro
Renovai a nossa Fé
Guarde nossas matas
da cobiça
Com suas cores verde e rosa
no jambeiro
Quinta-feira
És o senhor do AXÉ
Euê o! Euê o!
A Jurema que tu vistes
Te chamaste
Com ternura
Porque filha é
Sob a chuva
lágrimas lindas
inundando o teu peito com doçura
Pela trilha
No teu corpo
te chamaste
outro tempo
Ossanhe
Euê o! Euê o!
Ès o dono do AXÉ!

PALAVRAS DE REFLEXÇAO



Quando, à beira da morte,” Alexandre o grande “convocou os seus generais e relatou seus 3 últimos desejos:

1. Que seu caixão fosse transportado pelas mãos dos médicos da época;
2. Que fosse espalhado no caminho até seu túmulo os seus tesouros conquistados (prata, ouro, pedras preciosas...);
3. Que suas duas mãos fossem deixadas balançando no ar, fora do caixão, à vista de todos.
Um dos seus generais, admirado com esses desejos insólitos, perguntou a Alexandre quais as razões.

Alexandre explicou:
1. Quero que os mais iminentes médicos carreguem meu caixão para mostrar que eles NÃO têm poder de cura perante a morte;
2.Quero que o chão seja coberto pelos meus tesouros para que as pessoas
possam ver que os bens materiais aqui conquistados, aqui permanecem;
3. Quero que minhas mãos balancem ao vento para que as pessoas possam ver que de mãos vazias viemos e retornaremos.

23 maio 2011

Pai João de Angola

Dia destes, ao final de uma gira de desenvolvimento mediúnico, manifestou-se Pai João de Angola, o Preto Velho regente da casa.
Como de costume, acendeu seu cachimbo, cumprimentou os presentes e chamou todos para bem perto dele e após se acomodarem ele pediu que todos respondessem uma pergunta simples:
“ – Do que a Umbanda precisa?”
E assim um a um foram respondendo:
“- Mais união...”
“ – Mais estudo...”
“ – Mais divulgação...”
“ – Mais respeito...”
“ – Mais reconhecimento...”
Mais, mais e mais...
Após todos manifestarem suas opiniões, Pai João sorriu e disparou:
“ – Muito se diz do que a Umbanda precisa, não é? E eu digo que a Umbanda precisa de Filhos!”

Silêncio repentino no ambiente.

Naturalmente os filhos ficaram surpresos e ansiosos para a conclusão desta afirmação.

Pai João pitou, pensou, pitou, sorriu e continuou:

“É isso, a Umbanda precisa sobretudo de FILHOS.

Porque um filho jamais nega sua mãe, sua origem, sua natureza. Quando alguém questiona vocês sobre o nome de sua mãe, vocês procuram dar um outro nome a ela que não seja o verdadeiro? Um filho nem pensa nisso, simplesmente revela a verdade. Assim é um verdadeiro Filho de Umbanda, não nega sua religião, nem conseguiria, pois seria o mesmo que negar a origem de sua vida seria o mesmo que negar o nome de sua mãe.

Um filho de Umbanda, dentro do terreiro limpa o chão como devoção e não como uma chata necessidade de faxinar.

Um filho de Umbanda dá o melhor de si para e pelo o terreiro, pois sente que ali, no terreiro ele está na casa de sua mãe.

Um filho de Umbanda ama e respeita seus irmãos de fé, pois são filhos da mesma mãe e sabem que por honra e respeito a ela é que precisam se amar, se respeitar e se fortalecer.

Um filho de Umbanda sente naturalmente que o terreiro é a casa de sua mãe, onde ele encontra sua família e por isso quando não está no terreiro sente-se ansioso para retornar e sempre que lá está é um momento de alegria e prazer.

Um filho de Umbanda não precisa aprender o que é gratidão. Porque sua entrega verdadeira no convívio com sua mãe, a Umbanda, já lhe ensina por observação o que é humildade, cidadania, família, caridade e todas as virtudes básicas que um filho educado carrega consigo.

Um filho de Umbanda não espera ser escalado ou designado por uma ordem superior para fazer e colaborar com o terreiro, ele por si só observa as necessidades e se voluntaria, pois lhe é muito satisfatório agradar sua mãe, a Umbanda.

Um filho de Umbanda sabe o que é ser Filho e sabe o que é ter uma Mãe.

Quando a Umbanda agregar em seu interior mais Filhos que qualquer outra coisa, estas necessidades que vocês tanto apontam como união, respeito, educação, ética, enfim, não existirão, pois isto só existe naqueles que não são Filhos de fato.

Tenham uma boa noite, meus filhos!”
Pai João pitou mais uma vez e desincorporou.
Diante dele, seus filhos, com olhos marejados, rosto rubro, agradeciam a lição.
Saravá a Umbanda, salve a sabedoria, salve os Pretos Velhos.

21 maio 2011

MESTRE SIBAMBA


Mestre Sibamba é uma entidade, onde sua história de vida relata as épocas da época da Brasil Império (Século XIX), veio de Portugal para o Ceará ainda criança.
Ao chegar aqui no Brasil, durante período de longa seca perdeu a mãe sendo criado pelo seu pai, que era dono de um bar.
O Pai de Sibamba era alcoólatra e tendo Sibamba apenas dois anos de idade, o pai, na intenção de matá-lo, diariamente embriagava Sibamba, porém ao invés de morrer Sibamba se adaptou ao álcool e, portanto se tornando um bebedor de primeira. Já Adulto o pai faleceu e ele assumiu o bar.
Por costume Sibamba bebia muito, mas nesta altura já era um grande catimbozeiro, culto fortemente enraizado no Nordeste, trazido pelos negros e agregados aos cultos indígenas e outros costumes, da miscigenação cultural do nosso País. Na linha Nagô, que significa “Rei de Magias”, ele sabia usar as ervas para banhos de cura, fazia partos (era um ótimo parteiro) tirava costelas montadas, rezava as crianças de mal olhados e tudo mais.
Então Sibamba ficou conhecido como o maior juremeiro do Ceará. Com toda a fama que fizera despertou de alguns inveja e despeito, quando descobriram que montaram uma cilada para matar Sibamba. Como ele gostava de beber, fizeram uma festa em um cabaré e o embebedaram tanto até ele cair.
Porém Sibamba alem de catimbozeiro era forte e destemido, e para matá-lo foram necessário muitos homens.
Com o passar do tempo e sua evolução na doutrina espiritual da Jurema, Sibamba designado pelos superiores para trabalhar na linha de Mestre, sendo considerado um dos maiores e respeitados até hoje. Sibamba como outros trabalham na falange de Zé, entre eles estão Zé Pelintra, Zé Malunguinho, Zé Pretinho, entre outros.
  



Mestra Maria do Acaís (Maria Gonçalves de Barros)
Mestre José Anjos ou Zé Filintra
Mestre Major do Dia
Mestre Cabeleira (Dom José do Vale)
Mestre Zezinho do Acais
Mestre Cangaruçu
Mestra Princesa Leusa
Mestra Maria Luziara
Mestra Joana Pé de Chita (Joana Malhada)
Mestra Rita Bagaceira
Mestra Paulina
Mestra Damiana Guimarães
Mestre Emanoel Maior (Emanoel Cavalcante de Albuquerque)
Mestre Manoel Cadete
Mestre Marechal Campo Alegre
Mestre Arcoverde
Mestre Tertuliano
Mestra Ritinha
Mestra Piorra
Mestre Carlos Velho (José Carlos Gonçalves de Barros)
Mestra Maria Solomona
Mestra Judith do Barracão
Mestre Antônio Macieira
Mestre Eron
Mestre Cesário
Mestra Jardecilia ou Zefa de Tiíno
Mestre Tandá
Mestra Izabel
Mestre Zé Quati
Mestre Casteliano Gonçalves
Mestra Fortunata do Pina (Baiana do Pina)
Mestre Nêgo do Pão
Mestra Maria Magra
Mestre Candinho
Mestre Manoel Quebra Pedra
Mestre Zé Pretinho
Mestre Zé Moleque
Mestre Durval
Mestre Pilão
Mestra Juvina
Mestre Galo Preto
Mestre Aroeira
Mestre Junqueiro (ou Mestre da Lagoa do Rancho)
Entre outros tantos cultuados pelo País a Fora

20 maio 2011

Mestre Zé Pelintra


                                                                                         salve Zé do Zé


Apesar de ser um espírito "boêmio", "malandro" e brincalhão, este ente de luz, trabalha com seriedade e mesmo com a fama que possui, de beberrão, não é bem assim que as coisas funcionam. Seu Zé cobra muito de seus médiuns, cobra por seriedade, responsabilidade entre outras virtudes e é o primeiro guia que se afasta do médium quando este não segue seus conselhos e não adota a boa moral e conduta pregada por ele, ou seja, um "cavalo de Seu Zé", deve ser honesto, trabalhar com firmeza para o bem, para a caridade, não pode ser adúltero, beberrão, pois ele não admite isso de seu médium.

Muitos confundem, pois aquela imagem, de boemia, de adultério, de noitadas, jogos, prostituição, podem apenas ter sido passado dele, como eu disse, é um ente de luz que trabalha bem.
A Umbanda de Zé Pelintra é voltada para a prática da caridade - fora da caridade não há salvação -, tanto espiritual quanto material - ajuda entre irmãos - , propagando que o respeito ao ser humano, é a base fundamental para o progresso de qualquer sociedade. Zé Pelintra também prega a TOLERÂNCIA RELIGIOSA, sem a qual o homem viverá constantemente em guerras. Para Zé Pelintra, todas as religiões são boas, e o princípio delas é fazer o homem se tornar espiritualizado, se aproximando cada vez mais dos valores reais, que são Deus e as obras espirituais. Na humildade que lhe é peculiar, Zé Pelintra, afirma que todos são sempre aprendizes, mesmo que estejam em graus evolutórios superiores, pois quem sabe mais, deve ensinar a quem ainda não apreendeu e compreender aquele que não consegui saber. Zé Pelintra, espírito da Umbanda e mestre catimbozeiro, faz suas orações pelo povo do mundo, independente de suas religiões. Prega que cada um colhe aquilo que planta, e que o plantio é livre, mas a colheita é obrigatória. Zé Pelintra faz da Umbanda, o local de encontro para todos os necessitados, procurando solução para o problema das pessoas que lhe procuram.

Os 16 Mandamentos Yorubás


1 - Não digas o que não sabes, nem informes o que desconheces.

2 - Não faças rituais nem cerimonias dos quais não tenhas o conhecimento básico.

3 - Não desorientes e nem leves por falsos caminhos as pessoas que se aproximam em busca de ajuda.

4 - Não se deve enganar a nenhuma pessoa. Não mintas nem prejudiques a integridade de teu semelhante.

5 - Não pretendas ser sábio quando ainda não sejas. Disciplina teu crescimento pessoal.

6 - Deves ser humilde, libertar-te do egocentrismo e evitar o protagonismo.

7 - Não tenhas más intenções nem te tornes falso com os demais.

8 - Não rompas as proibições que te tenham ensinado nas regras de teu Itá. Não fales os segredos da cerimónia reservados unicamente para os iniciados.

9 - Os instrumentos sagrados devem manter-se limpos. Não deves tocá-los quando tenhas feito sexo ou tenhas algum pensamento indigno de um crente.

10 - Deves manter a tua Casa Templo limpa e exemplar. Dá o teu exemplo.

11 - Deves respeitar sempre os que são mais débeis e tratá-los bem e com muito respeito.

12 - Deverás respeitar e tratar muito bem aos nossos maiores e anciões.

13 - Respeita as leis morais. Não cometas infidelidade nem adultério. Não ambiciones a
mulher do teu próximo.

14 - Nunca atraiçoes um amigo, nunca atraiçoes a quem te tenha esticado a mão ou que tenha sido bom contigo no passado e sempre.

15 - Não fales mais que o devido, evita os falatórios, nem reveles os segredos ditos por alguém.

16 - Respeita integralmente aos que tem cargos importantes. Mesmo o respeito mútuo deverá conservar-se.

Homenagem a yalorixá Maria Pinheiro: Parabéns

Em 27 de setembro do ano de 1992, Maria Pinheiro, aos 65 anos de idade decidiu transformar a sua casa residencial em uma casa de cultos religiosos. Ela já vinha a alguns anos ligada à religião de matriz africana, tendo ocupado o cargo de mãe pequena (segundo cargo dentro da hierarquia de um terreiro) numa das casas de culto mais tradicionais da cidade: a casa que pertencera á yalorixá Francisca Andrade de Souza (conhecida como mãe Tiquinha d’Omolu – in memorian), exercendo esse cargo e, ao se desligar do aludido terreiro passou a dar assistência espiritual em sua moradia onde atendia pessoas que davam credibilidade aos seus serviços incorpóreos.
                           O tempo foi passando e Mãe Maria continuou com seu ofício religioso de dar atendimento àqueles que buscavam ajuda espiritual através da sua pessoa, contudo, o espaço que dispunha para realizar tais ritos era muito pequeno e sem cômodo, surgindo daí a idéia de ampliar esse espaço e formar uma espécie de agregação espiritualista e partindo desse princípio nasceu a Irmandade do Reino de Yemanjá Sòbá (Ilé Iyá Olokun Asé Ìyá Sobá), cuja prática ritualística era o culto a nação nagô, herdado do babalorixá Pai Nino da Mustardinha.
                         Nos biênios de 2002 á 2004 adaptou sua casa á nação angola, já que o culto ao nagô aqui em Areia Branca e em nível de estado do Rio Grande do Norte estava em fase de extinção e, para dar seguimento a casa dentro de uma doutrina candomblecista, amoldou seu cerimonial a nação angola através da Yalorixá Lúcia Edjan de Lima Pipoca (Lúcia de Óyá Karasí d’Mãn) vinda da cidade do Guarujá/SP. Mas a convivência com essa sacerdotisa durou pouco por razões que prefiro omitir por motivos que não vêem ao caso,  havendo a quebra de vínculos com a mesma, bem como abrindo mão da doutrina espiritualista advinda dela. Em julho de 2004 encontrou por meio do babalorixá Melquisedec da Rocha (Melquisedec t’Sangó) a pessoa certa para cuidar da sua ori (cabeça espiritual), sendo este, desde então, o seu zelador espiritual e orientador, sacerdote mor da sua casa de axé, o Ilé Asé Dajó Ìyá Omí Sàbá, adaptado a nação ketu raiz do Asé Gantois.
                       Maria Pinheiro é responsável pela vinda do culto aos orixás de candomblé, bem como a introdução da nação ketu raiz Gantois aqui na cidade de Areia Branca, quando abriu as portas da sua casa de axé para dar entrada a esse rito sagrado advindo do solo fértil da nossa mãe África para fertilizar o solo salgado dessa salinésia que é Areia Branca.
                     Mulher forte que sabe o que quer e luta pelos seus ideais. Mulher perseverante que acredita no que faz e faz o melhor que pode em prol da sua religião e da cultura afro brasileira.
                    Hoje ao longo dos seus 83 anos de idade Mãe Maria de Yemanjá Sàbá ainda encontra forças para lutar pela preservação do culto espiritualista na missão que Deus lhe confou.
Publicada na primeira edição do Jornal Axé em Noticia em junho/2008.
Por Noamã Jagun 



Na última quarta feiras a Yalorixá Maria de pinheiro da                                         casa ILÉ ASE DAJÒ ÍYÀ OMÍ SÀBÁ  apagou mais uma velinha, o seu Filho o Babalarixa Noamã Jagun fez um xire em omenagen a tada tão importante na casa, o que e um xire, Os Orixás,  são forças e energias manifestadas na Natureza que, ao interagirem entre si, criam a "Dinâmica de Odudua", ou seja, a Vida energética, sua multiplicidade e mutações em nosso planeta.
Xirê é um termo utilizado para denominar a seqüência na qual os Orixás são reverenciados ou invocados durante os cultos a eles destinados. É comum empregar a palavra Xirê como sinônimo de Gira. É também chamado de Roda dos Orixás. Para que possamos compreender mais facilmente o Xirê dos Orixás , partiremos do princípio que tudo se constitui a partir da combinação dos quatro elementos básicos e suas dezesseis qualidades. Quando representados na forma de um quadrante, os quatro elementos básicos ocupam posições específicas em relação ao quadrante geométrico.

   Parabéns ya de todos que faz a casa de Umbanda Pai José de Aruanda