Era filho de mãe negra e pai branco, e foi vendido como escravo, pelo próprio pai, aos 10 anos de idade. Permaneceu analfabeto até os 17.
Conquistou judicialmente a própria liberdade e passou a atuar na advocacia em prol dos cativos, sendo já aos 29 anos autor consagrado e considerado “o maior abolicionista do Brasil”. Luiz Gama também foi orador, jornalista, escritor brasileiro e o Patrono da Abolição da Escravidão do Brasil.
Foi um dos raros intelectuais negros no Brasil escravocrata do século XIX, o único autodidata e o único a ter passado pela experiência do cativeiro; pautou sua vida na defesa da liberdade e da república, ativo opositor da monarquia.
Luiz Gama viveu em Salvador até os 10 anos, quando foi vendido como escravo e levado para São Paulo, onde permaneceu analfabeto até os 17 anos.
Posto à venda, foi rejeitado “por ser baiano”, uma condição que dava aos cativos a fama de insubordinados e acabou sendo levado para a casa de um comerciante.
Em São Paulo, teve diferentes profissões e posições sociais: escravo do lar, soldado, ordenança, copista, secretário, tipógrafo, jornalista, advogado, autoridade da maçonaria.
Luiz Gama começou a carreira jornalística, na capital paulista, junto ao caricaturista Angelo Agostini. Ambos fundaram, em 1864, o primeiro jornal ilustrado humorístico da cidade, intitulado Diabo Coxo.
Gama ficou conhecido como advogado dos pobres e libertador dos negros. Em uma carta autobiográfica a Lúcio de Mendonça, Gama estimou que já havia libertado do cativeiro mais de 500 escravos. Durante um júri, Gama proferiu uma frase que se tornou célebre: “O escravo que mata o senhor, seja em que circunstância for, mata sempre em legítima defesa”. Isto provocou tal reação ante os presentes que, com a confusão, o juiz se viu obrigado a suspender a sessão.
Embora atuasse principalmente na defesa dos negros acusados de crimes, ou para buscar-lhes a alforria judicialmente, não se negava a atender aos pobres de qualquer raça, havendo casos em que defendeu imigrantes europeus lesados por brasileiros.
Luiz Gama faleceu em 1882, seis anos antes da sanção da Lei Áurea. E em janeiro de 2018 seu nome entrou para o Livro dos Heróis da Pátria,
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