Sacerdote de terreiro denunciou derrubada de árvores sagradas em Salvador após destruição de cerca de 6 mil m² — Foto: Ramon Ferraz/TV Bahia
O terreiro de candomblé Húnkpame Karè Lewí Xwè, localizado no bairro de Fazenda Grande IV, teve cerca de seis mil m² de área verde destruídos por tratores. A denúncia é do sacerdote e responsável pelo terreiro, Carlos Alberto de Oliveira Bottas. O caso é investigado pela Polícia Civil.
Terreiro fica no bairro de Fazenda Grande IV e funciona há 25 anos no local. Polícia investiga caso.
O terreiro de candomblé Húnkpame Karè Lewí Xwè, localizado no bairro de Fazenda Grande IV, teve cerca de seis mil m² de área verde destruídos por tratores. A denúncia é do sacerdote e responsável pelo terreiro, Carlos Alberto de Oliveira Bottas. O caso é investigado pela Polícia Civil.
O terreiro existe há 90 anos e há 25 funciona no bairro de Fazenda Grande IV. Conforme contou Carlos Alberto, o terreiro possui uma área de quase 18 mil m² e, após o desmatamento, perdeu muitas árvores sagradas.
Ele e demais integrantes do terreiro da nação Jêje Savalu perceberam a ação dos tratores no dia 11 de dezembro e registratam o caso na 13ª Delegacia Territorial de Salvador (DT/Cajazeiras) na última sexta-feira (14).
Terreiro de candomblé Húnkpame Karè Lewí Xwè fica no bairro de Fazenda Grande IV — Foto: Ramon Ferraz/TV Bahia
A suspeita da polícia é que os homens que controlam os tratores tenham sido contratados por uma empresa, mas não há informações sobre qual seria essa empresa. Os integrantes do terreiro suspeitam que os tratores conseguiram acesso à área verde através de uma obra que ocorre na região.
"Ouvíamos o barulho das máquinas porque estão fazendo uma obra aqui na região, mas achávamos que nunca ia chegar até nós. Eles [tratoristas] trabalharam até o dia 12 [quarta] e depois pararam, mas não acredito que foi por preocupação. Foi porque a área derrubada já está terraplanada", contou Carlos Alberto.
A delegada que investiga o caso, Overanda Santos, disse que já ouviu os integrantes do terreiro e que está em busca da empresa responsável pelos tratores. "As pessoas que estão no local trabalhando dizem que não sabem que são os contratantes. Eles dizem que foram chamados para o trabalho, mas não sabem quem ordenou", disse a delegada.
Fonte: https://g1.globo.com
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