24 agosto 2012

Forças ativas e passivas

Hoje iremos abordar mais um assunto sobre a doutrina dos sete reinos sagrados.
Iremos tratar sobre a polaridade existente entre as sete forças primordias e que podem ser classificadas como forças ativas e forças passivas.
Estaremos apresentando de forma bem simples e através de gráficos este principio e em outra oportunidade nos aprofundaremos neste assunto.
O leitor já sabe que seguimos no Núcleo Mata Verde uma doutrina chamada de Umbanda os Sete Reinos Sagrados, onde unimos a razão e a simplicidade.
Entendemos os Orixás como os primeiros seres espirituais criados por Deus e que estes orixás são co-criadores do universo.
Receberam os Orixás a responsabilidade de organizarem, ordenarem, manterem entre outras funções, todas as estruturas existem no universo.
Para facilitar nosso entendimento estudamos o planeta Terra, que é nossa morada e observamos como se fez sua formação e evolução, este processo já é bem conhecido pela ciência tradicional.
Didaticamente dividimos este processo evolutivo do planeta em fases, que receberam o nome de Reinos Sagrados, pois em cada etapa da evolução planetária houve a intervenção dos orixás.
Para aqueles que ainda não conhecem a doutrina recomendamos os cursos oferecidos pelo Núcleo Mata Verde, através do portal de ensino a distânciawww.ead.mataverde.org

Os sete reinos são os seguintes:

1)Reino do Fogo
2)Reino da Terra
3)Reino do Ar
4)Reino da Água
5)Reino das Matas
6)Reinos da Humanidade
7)Reino das Almas

Em cada etapa deste processo evolutivo, forças se manifestaram em nosso planeta e ainda continuam a se manifestar.
Estas forças são de diversas origens, entre elas as vibrações espirituais dosOrixás Primordiais.

Para evitar confusões com outras doutrinas ou conceitos metafísicos existentes, estas sete forças foram batizadas com nomes em Tupi.

Cada reino tem portanto uma força primordial identificada abaixo:

1)Reino do Fogo => Tatá Pyatã => Força Ígnea
2)Reino da Terra => Yby Pyatã => Força Telúrica
3)Reino do Ar => Ybytu Pyatã => Força Eólica
4)Reino da Água => Y Pyatã => Força Hídrica
5)Reino das Matas => Caá Pyatã => Força Vegetal e força Animal
6)Reino da Humanidade => Abá Pyatã => Força Hominal
7)Reino das Almas => Angá Pyatã => Força Espiritual

Já tratamos em outros textos, que cada reino possui seu Orixá regente, sua cor, e suas qualidades.
Também já tivemos oportunidade de escrever sobre a primeira codificação das Sete Linhas da Umbanda feita por Leal de Souza em 1933 no livro “O Espiritismo, A Magia e as Sete Linhas de Umbanda “, o primeiro livro a falar sobre a umbanda.
Estas sete linhas foram ratificadas no primeiro congresso de umbanda de 1941 e que são exatamente os Sete Reinos Sagrados com suas hierarquias espirituais.
Em nosso site existe bastante material de estudo e documentos contemporâneos, para servirem de elementos comprobatórios do que escrevemos aqui neste texto.

Portanto quando falamos em SETE REINOS SAGRADOS estamos também falando nas SETE LINHAS DA UMBANDA.

Hoje iremos estudar sobre as forças passivas e ativas existentes nos sete reinos sagrados.

Faremos este estudo utilizando algumas imagens e gráficos.

No principio existia somente o Orun, o mundo espiritual, o extra-físico que dentro da doutrina dos sete reinos sagrados é representado pelo REINO DAS ALMAS.

Iniciaremos este estudo, portanto, com o Reino das Almas, que será representado pelo circulo preto, que é a cor deste reino.


Reino das Almas



Em determinado momento, houve o Fiat Lux que significa “Faça-se a Luz” ou “Haja Luz”.

É neste momento que surge o universo material que conhecemos.
É a grande explosão inicial, o “Big Bang”.
Na doutrina dos Sete Reinos este momento da criação é representado pelo primeiro reino, o Reino do Fogo; também é neste instante da criação, na passagem do Orun para o Ayiê, que entendemos a manifestação do principio Exu e que será estudado em outro texto.

Segue abaixo a representação gráfica deste momento:


Reino do Fogo – o instante da criação



A vontade Divina se manifesta através da força dos Orixás e cada um em seu respectivo reino se faz presente na natureza.
Iremos continuar adicionando os demais reinos em nosso gráfico, sempre encontrando um ponto de equilíbrio, cada reino representado pelo círculo deverá se encostar nos demais reinos, na ordem de manifestação conhecida e buscando uma situação de equilíbrio.
O reino da Terra foi o seguinte.


Reino da Terra

Na sequência iremos incluir no gráfico o reino do AR.


Reino do Ar

Continuando com o Reino da Água


Reino da Água

Agora é a vez do Reino das Matas:


Reino das Matas

E finalmente o Reino da Humanidade, o último dos reinos materiais. O Ser humano como o ápice da evolução planetária.


Reino da Humanidade

Como a cor do Reino da Humanidade é o branco, fizemos a representação do reino com um circulo branco com o contorno preto.

Chegamos finalmente aos SETE REINOS SAGRADOS.

Chamamos a atenção para o equilíbrio resultante deste arranjo, onde os sete reinos se equilibram.

Este gráfico dos Sete Reinos é muito importante, pois ele representa o universo, mas também representa o Homem, um animal, uma planta, um objeto etc...

Aprendemos na doutrina dos sete reinos sagrados que todas as sete forças primordiais estão presentes em todos os lugares do universo, mas em intensidades diferentes.

Continuando com nossos estudos vamos agora identificar as forças passivas e as forças ativas.

Para isso vamos acrescentar alguma coisa a mais no gráfico dos Sete Reinos.




Gráfico dos Sete Reinos Sagrados

Desenhamos uma triângulo para cima ligando os reinos do fogo, do Ar e das Matas e outro Triângulo para baixo ligando os reinos da Água, Terra e Humanidade e obtemos o hexagrama, um signo muito antigo e bastante conhecido por todos os iniciados nas ciências ocultas, o hexagrama é também conhecido como Estrela de David.(embora existam diferenças)

Não se sabe ao certo quando este símbolo começou a ser usado pela humanidade e existem muitas interpretações para seu significado.

No caso da doutrina dos Sete Reinos Sagrados, chamamos a atenção para o fato da Estrela de David ser formada pelo equilíbrio das sete forças primordiais.
No centro a força espiritual, representada pelo Reino das Almas e chamada de Angá Pyatã e suas seis pontas nos demais seis reinos materiais.

É necessário registrar que não desenhamos a estrela de David, para depois colocar em suas pontas e no centro os reinos, como alguns fazem com as sete linhas da Umbanda.

Em nosso caso são os sete reinos sagrados que geraram a estrela de David, que pode ser interpretada em alguns estudos como o símbolo do equilíbrio das forças Yin e Yang, forças passivas e ativas.

O triângulo para cima liga as forças primordiais ativas FOGO, AR E MATAS.

O Triângulo para baixo liga as forças primordiais passivas ÁGUA, TERRA E HUMANIDADE.

Ainda estudando o Gráfico dos Sete Reinos Sagrados é facil identificar a polaridade existente entre os sete reinos:

FOGO (+) <=> ÁGUA (-)
TERRA (-) <=> MATAS (+)
AR (+) <=> HUMANIDADE (-)

Chegamos ao fim deste pequeno ensaio sobre os reinos passivos e ativos e a polaridade existente entre os sete reinos.

Em relação ao reino das Almas, por ser o único reino espiritual não é nem ativo e nem passivo e não possui polaridade, é considerado neutro.
Quem já estudou a doutrina dos Sete Reinos Sagrados sabe que a polaridade é uma característica da matéria e portanto dos seis reinos materiais.
O sétimo reino sempre assume a polaridade do reino que se relaciona com ele.

Este estudo do Gráfico dos Sete Reinos é muito utilizado no Arapé, no TVAD – Tratamento Vibracional a Distância e também na preparação dos banhos no tratamento fitoenergético.

O gráfico pode ser utilizado também na classificação das ervas passivas, ou ervas ativas etc...

Existe uma infinidade de assuntos que devem ser estudados a partir do conhecimento da doutrina dos Sete Reinos Sagrados, ou se preferirem das Sete Linhas da Umbanda.

Saravá!

São Vicente, 21/08/2012
Manoel Lopes – Dirigente do Núcleo Mata Verde
Obs.: ESTE TEXTO PODE SER REPRODUZIDO, DESDE QUE SEJA NA ÍNTEGRA E QUE SEJA CITADA A SUA ORIGEM

Registre seu comentário, suas sugestões e críticas!

fonte: http://www.blog.mataverde.org/archives/612

Nenhum comentário:

Postar um comentário