16 novembro 2011

A BUSCA DA EVOLUÇÃO ESPIRITUAL

             
       O homem é uma correlação de poderes espirituais, forças químicas e físicas, colocadas em funcionamento pelo que chamamos de "Princípio". Princípios são causas naturais que possibilitam a existência de todas as coisas.
O 1º princípio é o corpo físico - matéria;
O 2º princípio é a energia vital - perispírito;
O 3º princípio é o corpo astral;
O 4º princípio é a alma;
O 5º princípio é a inteligência, a faculdade mental;
O 6º princípio é a consciência e,
O 7º princípio é a essência divina não individualizada, sem forma nem corpo, invisível, imponderável - O EU SUPERIOR.

               Existem diversas práticas de evolução espiritual, práticas de mantras, terapias, filosofias, meditação, religiosidade que possibilite a reflexão. As pessoas que conseguem adquirir sua evolução espiritual, não sofrerão tanto com seus problemas.
              
               Todos temos dentro de nós uma centelha, o 7º princípio, O EU SUPERIOR. Esta centelha está dentro de nós como a semente está dentro da fruta. Tudo que não é semente, são nossos defeitos e nossas dificuldades. Tirando eles, sobra o Divino dentro de nós.
             Quem consegue eliminar as sobras, não sente angústia, dor psicológica, sua alto-estima não é mas ferida e se livrou de tudo que não o faz bem. Vive com bons pensamentos, paz inabalável e sabedoria plena para ajudar os outros e também a si próprios.
               É muito difundido que são necessárias várias encarnações para se chegar à ascensão, mas isso não é necessariamente uma regra ou uma lei. A ascensão pode demorar um dia ou milhares de anos, dependendo unicamente de você.

"O caminho da luz é o caminho da evolução espiritual, é responsável pela felicidade. Entretanto, para isso, cada um deve enfrentar e assumir a sua própria escuridão".




Texto de Edilene Gustzacki - Filha de Oxossi - Mãe Pequena do Templo de Ogum 7 Mares.

15 novembro 2011

ZUMBI - REI DOS PALMARES

Nascido por volta de 1656. Morto em 20 de novembro de 1695


BIOGRAFIA

Aqualtune teve filhos que se tornaram chefes de mocambos, Ganga Zumba e Gana Zona, e teve também filhas, e uma delas deu-lhe um neto, nascido quando Palmares esperava um ataque holandês. Os negros cantaram e dançaram muito, pedindo aos deuses que o menino crescesse bravo e forte. E, para sensibilizar o deus da Guerra, deram ao menino o nome de Zumbi.

Ainda bebê, Zumbi sobreviveu a um massacre, e um comandante o levou para Porto Calvo, deixando-o sob os cuidados do padre Melo. O padre acabou se tornando pai e mãe do bebê. Comprou uma escrava de seios fartos para amamentá-lo, batizou-lhe Francisco, porque "era manso e inteligente como o santo que conversava com os animais". Ensinou matemática, histórias da bíblia e latim a Francisco, que chegou a coroinha.

Enquanto Palmares cresce e se fortalece, também assim acontece com Zumbi, em Porto Calvo. Porém, aos quinze anos, resolve se emancipar e parte em busca de seu destino, e este estaria mata adentro, muitas léguas dali. Em algumas versões da história de Zumbi, ao chegar em Palmares, ele escolhe seu próprio nome. Aos dezenove anos, era chefe de um mocambo (ou aldeia).

Ativo e muito instruído para a época, ganha a confiança de todos e é nomeado o comandante das armas pelo seu tio Ganga Zumba, na ocasião o líder supremo de Palmares. Nas lutas travadas entre os negros, em 1674, Zumbi surge como grande guerreiro, chefe valente, disposto a tudo. Nesse combate, o jovem chefe leva dois tiros, ficando coxo, mas continua a combater.

Seu nome e sua coragem começavam a virar lenda. Porém, alguns mocambos foram sendo derrotados e muitos negros acabavam por se entregar. Após Ganga Zumba ter aceito o acordo proposto pelo governador de Pernambuco, Pedro de Almeida, que dizia que os negros e índios nascidos em Palmares se tornariam livres, e os que fossem fugidos deveriam voltar a seus donos, ele volta feliz a Palmares, mas Zumbi não concorda.

Para ele, não se trata somente de viver livre, mas de libertar os ainda escravos. É a prudência e a sabedoria de Ganga Zumba contra a ousadia e o entusiasmo de Zumbi. Ganga Zumba é morto por envenenamento e a suspeita caiu sobre o próprio Zumbi, que ocupa o lugar do rei. Até mesmo os portugueses reconheciam : "Negro de singular valor, grande ânimo e constância rara".

Sua valentia era lendária dentro da cruel realidade de guerra, uma guerra onde os negros não conseguem mais armas ou pólvora, a não ser a que tomam do inimigo. O rei de Portugal ainda mandou oferecer as pazes a Zumbi duas vezes. Editais são espalhados por todas as vilas e vizinhanças. Poderia morar aonde quisesse, era só parar de lutar contra a escravidão: tem que ter escravo; sem escravo não tem açúcar, sem açúcar não tem Brasil, sem Brasil não tem Portugal.

Mas Zumbi pensava diferente: não precisa ter escravo; pode ter açúcar sem escravo, pode ter Brasil sem açúcar. E Portugal que se vire. Não havendo acordo, as lutas se acirraram. Zumbi resiste nas matas mês após mês, ano após ano. Em 1686, outro governador, nova tentativa. São vários grupos com mais de mil homens e com munição suficiente para uma guerra.

São comandados pelo bandeirante Domingos Jorge Velho, que tomaria para si as terras de Palmares, caso conseguisse derrotar Zumbi. Foi uma guerra dura e sangrenta. Palmarinos haviam construído uma muralha enorme para proteger o quilombo, e do lado de fora, Zumbi mandou abrir um fosso, disfarçado com galhos e folhas. Quem tentava ser aproximar, caía lá dentro. Os palmarinos e suas mulheres, de cima das cercas, lançavam água fervente sobre os atacantes. De um lado para o outro, Zumbi gritava aos seus homens, convidando-os a morrer em liberdade.

Ele é baleado e mesmo assim continua lutando. Sua abnegada resistência levou a luta a se transformar em um massacre de incríveis proporções. A corte não escolhe: homens, mulheres e crianças vão ficando pelo chão. Ao raiar do dia 7 de fevereiro de 1694, só há mortos e feridos. Os homens de Domingos Jorge Velho começam a procurar Zumbi, mas não encontram seu corpo.

Mais de um ano depois, um negro, prestes a ser executado, troca sua vida pela informação do paradeiro de Zumbi. E assim foi: o encontraram e renderam com mais de vinte homens e no dia 20 de novembro de 1695, André Furtado de Mendonça corta a cabeça daquele que foi o mais destemido rei e guerreiro, neto da princesa Aqualtune: nascido livre e morto por querer a liberdade de seu povo.

Um herói brasileiro. A notícia se espalhou entre os milhares de escravos que não acreditaram: Zumbi morto? Impossível! Um deus da guerra não pode morrer. E do fundo das noites cantavam para dar força e vigor ao rei de Palmares: "Zumbi, Zumbi, oia Zumbi..."

Fonte: www.portalafro.com.br/zumbi1.htm

DIA 20 DE NOVEMBRO E DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA



A Lei n.º 10.639, de 9 de janeiro de 2003, incluiu o dia 20 de novembro no calendário escolar, data em que comemoramos o Dia Nacional da Consciência Negra. A mesma lei também tornou obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira. Com isso, professores devem inserir em seus programas aulas sobre os seguintes temas: História da África e dos africanos, luta dos negros no Brasil, cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional.

Com a implementação dessa lei, o governo brasileiro espera colaborar para o resgate da contribuição dos povos negros nas áreas social, econômica e política ao longo da história do país.

A escolha dessa data não foi por acaso: em 20 de novembro de 1695, Zumbi - líder do Quilombo dos Palmares- foi morto em uma emboscada na Serra Dois Irmãos, em Pernambuco, após liderar uma resistência que culminou com o início da destruição do quilombo Palmares. Apesar das várias dúvidas levantadas quanto ao caráter de Zumbi nos últimos anos (comprovou-se, por exemplo, que ele mantinha escravos particulares) o Dia da Consciência Negra procura ser uma data para lembrar a resistência do negro à escravidão de forma geral, desde o primeiro transporte forçado de africanos para o solo brasileiro (1534).

Algumas entidades como o Movimento Negro Unificado (o maior do gênero no país) organizam palestras e eventos educativos, visando principalmente crianças negras. Procura-se evitar o desenvolvimento do autopreconceito, ou seja, da inferiorização perante a sociedade.

Outros temas debatidos pela comunidade negra e que ganham evidência no 20 de novembro são: inserção do negro no mercado de trabalho, cotas universitárias, se há discriminação por parte da polícia, identificação de etnias, moda e beleza negra, etc.

O dia é celebrado desde a década de 1970, embora só tenha ampliado seus eventos nos últimos anos; até então, o movimento negro precisava se contentar com o dia 13 de Maio, Abolição da Escravatura – comemoração que tem sido rejeitada por enfatizar muitas vezes a "generosidade" da princesa Isabel, ou seja, ser uma celebração da atitude de uma branca.

A semana dentro da qual está o dia 20 de novembro também recebe o nome de Semana da Consciência Negra.

Então, comemorar o Dia Nacional da Consciência Negra nessa data é uma forma de homenagear e manter viva em nossa memória essa figura histórica. Não somente a imagem do líder, como também sua importância na luta pela libertação dos escravos, concretizada em 1888.

Porém, hoje as estatísticas sobre os brasileiros ainda espelham desigualdades entre a população de brancos e a de pretos e pardos.

12 novembro 2011

Palavras do Caboclo Tupinambá



"Sim, sua vida espiritual vai bem à medida que você observa, analisa e lapida seu comportamento, suas ações, pensamentos e principalmente seus julgamentos, frequentemente precipitados e equivocados, a respeito das pessoas e daquilo que ainda está por vir.

Sim, seu caminho é a Umbanda enquanto você valorizar a experiência espiritual com os Orixás, Guias e Mensageiros do Astral que se desdobram em muitas formas para te auxiliar. Seu caminho é e sempre será a Umbanda, enquanto você acender uma vela e sentir que ela fala contigo, enquanto você escutar o som do atabaque e seu corpo aquecer num compasso de vibrações e arrepios, enquanto você sentir o aroma das ervas transmutadas em fumaça ao contato com a brasa incandescente e for acometido da sensação de estar sendo transportado para outro lugar, a Umbanda continuará sendo seu caminho enquanto o brado dos Caboclos te arrepiar, o silêncio dos Pretos Velhos te emocionar, o gracejo dos Baianos te alegrar, a sinceridade dos Exus te curvar, a simpatia das Pomba Giras te atrair e a ciranda dos Erês te relembrar que, apesar dos pesares, o mais importante é não perder a pureza das crianças.

Sim, seu lugar é no Templo que frequenta, enquanto os espíritos regentes ainda forem referências de aprendizado, enquanto você sentir saudade ao final de cada gira, enquanto os objetivos espirituais e materiais também forem os seus objetivos, enquanto o sentimento de irmandade não se dissipar facilmente em momentos de atritos e conflitos naturais, enquanto você preservar o respeito e lealdade ao seu Sacerdote ." - Sr. Caboclo Tupinambá

10 novembro 2011

O que é Quimbanda

s.m. Em Angola, adivinho ou médico indígena de Benguela.
Bras. Pai de terreiro do culto banto, ao mesmo tempo médico, feiticeiro e adivinho.
S.f. Bras. Terreiro em que se pratica macumba.
Seita religiosa brasileira de origem africana. No Brasil, tomou o significado de magia negra, em
oposição à umbanda, que representa as forças da magia branca.
Na estrutura interna, a quimbanda e a umbanda são muito parecidas, sendo que a quimbanda
conservou o aspecto mais original da religião africana e voltou-se mais para os mitos de terror dos
folclores pagão e ameríndio. A quimbanda também não procurou adaptar-se à mitologia do
catolicismo, como o candomblé.
A natureza específica da quimbanda é muito ambígua, pois há casos de prática de
quimbanda em terreiros de umbanda, por pequenos grupos.
Colaboração de: Maria de Omolú - Email: vianasolano@uol.com.br
A Quimbanda, também conhecida pelos leigos como macumba, é uma ramificação da umbanda
que pratica a magia negra. Embora cultuem os mesmos Orixás e as mesmas entidades, se sirvam
das mesmas indumentárias, e tenham em seus terreiros semelhanças muito marcantes tais como
a presença de gongá repleto de imagens dos santos católicos simbolizando os orixás, caboclos e
pretos velhos, existem entre as duas religiões diferenças fundamentais e decisivas. Uma delas é
que na Quimbanda são realizados despachos com animais como galos e galinhas pretas por
exemplo, pólvora, objetos da pessoa a quem se quer prejudicar, dentes, unhas ou cabelo de
pessoas ou animais. Estes despachos costumam-se realizar à meia-noite em locais como
encruzilhadas e cemitérios.
Outra prática bastante freqüente que também se encontra presente no vodu haitiano sob o
nome de paket é o envultamento.Este, diz respeito à construção de um boneco de pano ou
qualquer outro material, desde que pertencente à pessoa a quem quer se prejudicar, e a seguir
alfinetes ou pregos são utilizados para transpassar o corpo da imagem.
Os quimbandeiros têm como ponto principal de seu culto a invocação de Exus que na
Quimbanda são considerados espíritos das trevas, uns já em estado de evolução, e outros,
denominados quiumbas, espíritos atrasadíssimos e que por isso também são chamados

obsessores. Fonte:http://www.obara6a.ubbi.com.br/pagina3.html

O que é Macumba?

A primeira definição de Macumba que se encontra em qualquer dicionário é de: antigo
instrumento musical de percussão, espécie de reco-reco, de origem africana, que dá um
som de rapa (rascante);
O conceito da macumba está tão arraigado na cultura popular brasileira, que são comuns
expressões como "xô macumba" e "chuta que é macumba" para demonstrar desagrado com a má
sorte. As superstições nesse sentido são tão grandes, que até mesmo para a Copa do Mundo
foram criados sites para espantar o azar.
Macumba também pode ser a designação genérica dos cultos sincréticos afro-brasileiros
derivados de práticas religiosas e divindades de povos bantos, influenciadas pelo candomblé e
com elementos ameríndios, africanos, do catolicismo, do espiritismo, do ocultismo, etc. Veja a
Definição de João do Rio:
. No Rio de Janeiro, as nações do candomblé se fundiram umas nas outras, deixando-se também
penetrar profundamente por influências exteriores, ameríndias, católicas, espíritas, dando
nascimento a uma religião essencialmente sincrética, a Macumba.
João do Rio, As Religiões do Rio, 13-52.
. O mesmo que candomblé, correspondente ao xangô pernambucano.
. Diz-se mais comumente macumba que candomblé, no Rio de Janeiro, e mais candomblé do que
macumba, na Bahia.
. Palavra usada no sentido pejorativo para se referir ao candomblé do Rio de Janeiro.
. Palavra usada para definir a mistura de umbanda, kimbanda, vodu, candomblé, feitiçaria e
bruxaria.
. Palavra utilizada para se referir aos despachos depositados em encruzilhadas.
. Macumba, como a palavra é conhecida no Rio de Janeiro, é o mesmo que "Ebó", como é
conhecida na Bahia (Candomblé).
. Denominação atribuída à quimbanda pelos seguidores da umbanda da chamada linha branca.
Macumba é uma árvore onde os africanos faziam os seus rituais, ao som de instrumentos
chamados atabaques. Assim, macumbeiro é a pessoa que realiza rituais de Umbanda ao som de
atabaques.