O mês de maio é dedicado na Umbanda aos Pretos Velhos, mas afinal quem serão estas entidades, que se manifestam em nós
e nos dão tanta paz e ensinamento que aliviam nossas dores?
Talvez por terem passado pelas águas da Umbanda, porém sabe-se que não são poucos os sacerdotes e sacerdotisas que
manifestam estas entidades com freqüência para atender aos que necessitam de suas palavras confortantes e seus passes fluídicos,
que através de gostosas baforadas de cachimbos ou com benzimentos com ervas como arruda, alecrim e guiné, curam dores do corpo e
da alma.
Milagre? Não! Apenas energia positiva de antepassados que viveram nesta terra e voltam para nos trazer mais ensinamento.
Dentro da visão africanista iorubana, são eguns, assim como os orixás que eles cultuam também são divinizados, o que nos
justifica chamá-los de orixás brasileiros, afinal são divinizados e cultuados. Pai José de Aruanda, Pai Benedito, Mãe Maria Conga, Pai
Jacob, Vovó Rita, Vovó Serafina, Vovó Sebastiana, Vovô Serafim, Pai Mante, Pai Zé do Congo, enfim são inúmeras falanges que nos
cercam e tanto tem confortado nossas famílias.
Muitas vezes, pessoas que não pertencem a religiosidade afro-brasileira buscam o conforto espiritual ou mesmo cura para
diversos males com estas entidades que não se manifestam apenas em terreiros ou templos, muitas vezes no lar do médium. Sempre
haverá um médium em algum lugar do planeta para dar passagem a estas forças tão nobres destes espíritos de luz, para nos acalentar
e ajudar-nos a solucionar a solucionar nossos problemas.
Estas entidades não cobram pelos "serviços" são cristãs e propagam a caridade acima de tudo, talvez por isto alguns ambiciosos
não os aceitem, porém é muito pequeno o número deste, a grande maioria, mesmo não se manifestando com estas enérgicas, os
respeitam.
Não somente a Umbanda cultua Pretos Velhos, também o Omolokô, Batuque e outros cultos espalhados pelo Brasil, reverenciam
estas queridas entidades.
A imagem do Preto Velho nos serve para lembrarmos de que mesmo tendo sido mal tratados pela sociedade eles igualmente
os silvícolas, retornam a vida terrena não para vingança, mas para nos trazer amor e compaixão, aquela que não lhes deram quando
viviam neste plano astral, mostrando de que nada adianta ser mal, pois a lei do retorno é certa, e somente praticando a caridade é que
o ser humano entendera de fato a compaixão, não como um ato de misericórdia, mas sim um gesto de humanismo e de evolução.
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